Em que você pensa quando se fala em Círio? Paraense desenha

O Círio de Nazaré é conhecido como o Natal dos paraenses. Muitos devotos da santinha, na época da grande festividade, usam o talento como forma de demonstrar sua fé e a de uma das maiores manifestações religiosas do planeta. Na primeira semana de outubro, Belém ganha um ar diferente, com cores e luzes, para quem quiser ver e sentir.

Falando em talento, conhecemos através das redes sociais um rapaz chamado Bruno Giovanni. Natural de Abaetetuba, nordeste paraense, Bruno é fisioterapeuta de formação, desenhista de paixão e devoto à fé em Nossa Senhora de Nazaré.

Nos últimos dias, ele abriu uma caixa de perguntas no Instagram questionando o que os elementos que os seguidores lembram quando se fala em círio.

Vários pessoas comentaram, mas o que chamou a atenção foram Tomás Contente, Islan Ribeiro, Karen Afonso (irmã de Bruno) e Adam Cauê. Na ocasião, os quatro lembraram de dois elementos diferentes: a corda e a fitinha dos desejos.

Veja os desenhos!

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Bruno, que já é desenhista, botou a mão na massa, e embora desenhe mais elementos da cultura pop, como cantores, e principalmente super-heróis, ele estava inspirado no aspecto regional, fazendo três desenhos únicos, de acordo com suas referências na arte.

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Uma publicação compartilhada por BRUNO GIOVANNI (@b_giovanni)

Emoção que precisa ser vivida

Na publicação, ele postou o sentimento de desenhar sobre o tema, a emoção que o tomou durante o Círio, além de ter deixado uma mensagem para os que sugeriram os desenhos.

“É sempre uma grande emoção poder estar em casa durante esta, que é uma das maiores manifestações religiosas do mundo, além de uma grande vitrine cultural sobre o Pará, a Amazônia e o nosso povo. A experiência do Círio é para ser vivida, sentida, e alguns retratos marcam nossa memória ao longo dos anos, assim como nosso coração. Aqui estão alguns trabalhos desenvolvidos com a colaboração de amigos que mandaram suas ideias, sobre o Círio de Nazaré, semanas atrás. Espero que gostem do resultado e q aqueçam seus corações para os próximos dias”, escreveu.

"Era estilo puro"

Um dos seguidores de Bruno, Tomás Contente, que sugeriu a fita dos desejos, relevou o motivo pelo qual sempre lembra do elemento. O primeiro dos desejos era ganhar um "Playstation".

"A gente era meio que obrigado a ir para o círio, eu me sentia assim, era coagido (risadas). O que me dava um alento nessa hora era pensa que, quando a mamãe falava 'olha, pega essa fita aí, faz o pedido que teus desejos vão se realizar', e pô, eu pensava: vou pedir um play, pedir muito dinheiro e chocolate, que eu gostava na época mas não tinha dinheiro para comprar. Na época eu não sentia fé, era apenas uma criança, então essa parte da procissão na me tocava, mas os desejos da fitinha... Todo ano eu esperava por esse momento", disse. "...Fora que eu achava estiloso também, o cara ter três, quatro fitas amarradas no pulso... Pra mim isso era estilo puro! Amarrava até no tornozelo", conta aos risos.