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STF AUTORIZOU

Bolsonaro deixa prisão pela 1ª vez para cirurgia em hospital no DF

Ex-presidente Jair Bolsonaro sai escoltado da Polícia Federal para tratar hérnias inguinais em Brasília após decisão de Alexandre de Moraes.

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Imagem ilustrativa da notícia Bolsonaro deixa prisão pela 1ª vez para cirurgia em hospital no DF camera STF autorizou a cirurgia de Jair Bolsonaro após perícia oficial da Polícia Federal confirmar a necessidade do procedimento. | Fábio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

Em datas carregadas de simbolismo, como o período natalino, decisões judiciais e movimentos fora do roteiro habitual ganham ainda mais peso político e simbólico. Quando saúde, privação de liberdade e figuras centrais da República se cruzam, cada detalhe passa a ser observado com lupa, transformando procedimentos médicos em fatos de grande repercussão nacional.

Foi nesse contexto que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deixou, nesta quarta-feira (24), a Superintendência da Polícia Federal em Brasília para ser internado no Hospital DF Star. Preso desde 22 de novembro, Bolsonaro saiu da unidade pela primeira vez desde que passou a cumprir pena, em deslocamento realizado sob escolta e com esquema especial de segurança coordenado pela própria Polícia Federal.

CONTEÚDO RELACIONAL

HÉRNIAS INGUINAIS

A transferência ocorre para que o ex-presidente seja submetido a uma cirurgia de reparo de duas hérnias inguinais, procedimento marcado para esta quinta-feira (25), dia de Natal. A internação acontece na véspera da data festiva, sem previsão oficial de alta médica. Durante todo o período no hospital, Bolsonaro permanecerá sob vigilância constante, com pelo menos dois policiais federais posicionados na porta do quarto, além de equipes responsáveis pela segurança interna e externa da unidade.

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Segundo determinação judicial, o transporte foi feito de forma discreta, com desembarque pelas garagens do hospital. A Polícia Federal também ficou encarregada de articular previamente os termos da internação com a direção do DF Star e de garantir a fiscalização integral durante a estadia do ex-presidente. Está vedado o ingresso de celulares, computadores ou quaisquer dispositivos eletrônicos no quarto hospitalar, com exceção apenas dos equipamentos médicos indispensáveis.

VISITAS SÓ COM AUTORIZAÇÃO JUDICIAL

Bolsonaro poderá ter como acompanhante a esposa, Michelle Bolsonaro, cuja presença foi expressamente autorizada. Já outras visitas só poderão ocorrer mediante autorização judicial prévia. Concluído o procedimento cirúrgico e após liberação médica, o ex-presidente deverá retornar à Superintendência da Polícia Federal, onde segue preso.

A autorização para a cirurgia foi concedida pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), relator dos processos que investigam a trama golpista. A decisão levou em consideração parecer favorável da Procuradoria-Geral da República (PGR) e laudos técnicos elaborados por peritos da Polícia Federal, que confirmaram a necessidade do procedimento.

EXAMES CONFIRMARAM NECESSIDADE DE CIRURGIA

De acordo com os documentos enviados ao STF, exames de ultrassonografia realizados em 14 de dezembro identificaram hérnia inguinal bilateral - condição que afeta ambos os lados da região da virilha. Inicialmente, avaliações médicas apontavam apenas uma hérnia unilateral, mas exames de imagem mais recentes confirmaram a progressão do quadro.

Embora o procedimento tenha sido classificado como eletivo, os peritos recomendaram que a cirurgia fosse realizada o mais breve possível, diante do risco de agravamento clínico. O laudo também destacou que a piora da condição pode estar relacionada ao aumento da pressão abdominal, associado a episódios frequentes de tosse crônica e soluços persistentes relatados por Bolsonaro.

PERÍCIA OFICIAL

A defesa do ex-presidente solicitou a autorização judicial para a cirurgia no dia seguinte à realização dos exames, alegando urgência médica. Moraes determinou, então, que os laudos apresentados fossem submetidos à análise da Polícia Federal e que Bolsonaro passasse por perícia oficial, realizada em 17 de dezembro. Dois dias depois, com base nas conclusões técnicas e após manifestação da PGR, o ministro autorizou o procedimento nas datas indicadas pelos advogados.

Bolsonaro cumpre pena de 27 anos e três meses de prisão em processos relacionados à tentativa de ruptura institucional. Ele foi preso após romper a tornozeleira eletrônica que utilizava, o que motivou a decretação de sua prisão preventiva. Desde então, permanecia custodiado em sala de Estado-Maior na Superintendência da PF, até a autorização excepcional para tratamento médico fora da unidade.

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