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TRAGÉDIA

Morto por leoa, 'Vaqueirinho' é sepultado com 2 familiares presente

O jovem morreu no último domingo (30/11), após escalar as estruturas do Parque Zoobotânico Arruda Câmara e entrar na jaula dos leões.

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Imagem ilustrativa da notícia Morto por leoa, 'Vaqueirinho' é sepultado com 2 familiares presente camera Gerson de Melo Machado, conhecido como “Vaqueirinho”, foi sepultado na presença de apenas dois familiares. | Reprodução

Em algumas cidades, certos acontecimentos rompem a rotina e colocam em evidência questões profundas sobre abandono, vulnerabilidade e as falhas silenciosas do sistema de proteção social. Foi assim em João Pessoa, na Paraíba, onde uma tragédia envolvendo um jovem de apenas 19 anos reacendeu debates sobre saúde mental, negligência e segurança em espaços públicos. O episódio, que rapidamente tomou conta dos noticiários, expôs não apenas o momento final de uma vida marcada por rupturas, mas também a trajetória de alguém que cresceu à margem de qualquer rede de amparo efetiva.

Gerson de Melo Machado, conhecido como “Vaqueirinho”, foi sepultado na última segunda-feira (1º) no Cemitério do Cristo. Seu velório contou apenas com a presença da mãe destituída, Maria da Penha Machado, e de uma prima. A mãe, que teve o poder familiar retirado há mais de 10 anos por causa de transtornos psiquiátricos, hesitou antes de reconhecer o corpo no Instituto de Medicina Legal.

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O jovem morreu no último domingo (30/11), após escalar as estruturas do Parque Zoobotânico Arruda Câmara e entrar na jaula dos leões, onde foi atacado imediatamente. O laudo preliminar indica que a morte foi causada por mordidas no pescoço e choque hemorrágico. A prefeitura abriu uma apuração para investigar se havia falhas na segurança do recinto.

A história de Gerson, porém, não começa ali. Desde cedo, sua vida foi marcada pelo abandono e pela ausência de tratamento adequado para transtornos mentais. Aos 10 anos, foi afastado da mãe, diagnosticada com esquizofrenia. Segundo a conselheira tutelar Verônica Oliveira, que acompanhou o caso por anos, Gerson jamais foi cogitado para adoção: “as famílias rejeitam sumariamente crianças com transtornos mentais”, afirma. Todos os seus irmãos tiveram destino diferente — foram adotados.

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A esquizofrenia de Gerson só recebeu diagnóstico oficial aos 18 anos, quando ele respondeu a um processo criminal. Um juiz concluiu que o jovem era inimputável, por não ter capacidade de compreender o caráter ilícito de suas ações. Verônica resume sua trajetória como a de “duas pessoas frágeis tentando se agarrar” — ele e a mãe —, sempre empurrados por circunstâncias maiores do que podiam suportar.

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