Moto de piloto morto no Beto Carrero não tinha falhas, diz perícia

Entre motores roncando, luzes intensas e a vibração do público que costuma transformar o Hot Wheels Epic Show em um dos espetáculos mais eletrizantes do Beto Carrero World, uma pergunta passou a ecoar nos bastidores desde o último domingo (23): o que realmente aconteceu na manobra que tirou a vida de Lurrique Ferrari? Enquanto fãs ainda tentam compreender o acidente que silenciou um piloto apaixonado pelo motociclismo, a perícia e a Polícia Civil trabalham para dissipar as incertezas que pairam sobre o caso.

A primeira análise da moto pilotada por Lurrique, divulgada na última terça-feira (25), não identificou falhas aparentes no equipamento. O delegado Ângelo Cintra, responsável pela investigação, reforçou que a conclusão é preliminar e que a hipótese de defeito mecânico ainda não está descartada. O piloto, de 36 anos, morreu após um acidente durante o show Hot Wheels Epic Show, no parque Beto Carrero World, em Penha (SC).

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A perícia foi realizada na tarde de segunda-feira (24) e não encontrou indícios imediatos de quebra ou mau funcionamento da motocicleta usada na apresentação. Entretanto, outras etapas da investigação ainda serão conduzidas para confirmar se houve ou não algum problema no veículo no momento do salto. Segundo a Polícia Civil, não há sinais de mal súbito por parte de Lurrique.

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Após o acidente, o Beto Carrero World suspendeu o show por tempo indeterminado e afirmou ter acionado seus protocolos internos para apurar o ocorrido. Ao longo da semana, no entanto, a direção do parque informou que o Hot Wheels Epic Show voltará a ser apresentado nesta quinta-feira (27).

DINÂMICA DO ACIDENTE FATAL

O acidente ocorreu durante uma sequência de manobras radicais. Ao subir uma estrutura metálica, o piloto bateu a cabeça na rampa seguinte, caiu e sofreu ferimentos graves. Ele foi levado ao Hospital Marieta Konder Bornhauser, em Itajaí, passou por cirurgia, mas não resistiu.

Em nota, o parque lamentou profundamente a morte do piloto e destacou que ele recebeu atendimento imediato da equipe de bombeiros antes de ser encaminhado ao hospital de referência, onde passou por cirurgia. No comunicado, o parque manifestou solidariedade aos familiares, amigos e colegas de equipe, ressaltando que Lurrique Ferrari era admirado pelo talento, pela dedicação e pela paixão com que atuava nas apresentações.

QUEM ERA O PILOTO

Natural de Adamantina (SP), Lurrique Ferrari era atleta de wheeling e stunt, com carreira internacional que passou por China e Dubai. Ele trabalhava há um ano no parque e era conhecido pela dedicação intensa ao motociclismo.

Segundo familiares e colegas, Lurrique tinha na moto sua maior paixão e mantinha uma rotina intensa de treinos. "Ele treinava todos os dias, incansável. O sonho dele era viver da moto", contou a cunhada Francieli Gomes.