Pesquisadores do Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) alertam para a formação de pelo menos três ciclones extratropicais no Atlântico Sul previstos para se desenvolver até o fim de novembro, que devem influenciar diretamente o clima no Brasil.
A previsão chega num momento em que o país ainda se recupera da tragédia causada por um tornado no Paraná, o que aumenta os alerta para risco de instabilidade severa.
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O primeiro dos sistemas ciclônicos está previsto para se formar no dia 16 de novembro, entre o Uruguai e o Atlântico, e trará instabilidade para várias áreas do Sul ao Centro-Sul do Brasil.
O segundo sistema está projetado para o dia 19 de novembro, enquanto o terceiro ainda tem data menos precisa, mas deve se concretizar até o final do mês.
Em termos de localização, os estados que devem receber os impactos incluem:
- Para o primeiro: Espírito Santo, Minas Gerais e São Paulo.
- Para o segundo: Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.
- Além disso, há previsão de que o fenômeno abarque também áreas do Centro-Oeste (como Mato Grosso do Sul e Goiás) ao avançar.
A combinação de uma frente fria que avança, jatos de baixos níveis de umidade e ar quente vindos da Amazônia favorece a formação de tempestades intensas, com ventos que podem superar 100 km/h, chuva volumosa, granizo e até riscos de inundações e alagamentos.
Para alguns locais, há previsão de até 200 mm de chuva no curto prazo, o que eleva o nível de alerta para desastres naturais.
Os meteorologistas explicam que novembro marca a primavera no Brasil, época que favorece contrastes entre massas de ar frias vindas do Sul e o ar quente e úmido do oceano ou da Amazônia. Essa combinação gera maior propensão a frentes frias e ciclones extratropicais.
Segundo o climatologista Francisco Aquino, da UFRGS, esses sistemas “não terão a intensidade dos tornados recentes” no Paraná, mas ainda assim merecem atenção redobrada.
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Especialistas orientam que a população das áreas de risco siga atentamente os boletins meteorológicos, mantenha preparação para interrupções (energia, vias) e evite transitar próximo de árvores ou estruturas instáveis em condições de vento forte.
Nos estados listados, os prefeitos, coordenadorias de defesa civil e bombeiros devem ativar planos de contingência, reforçar alertas, canais de comunicação e acionar rapidamente a infraestrutura de emergência.
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