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O MECÂNICO AGRADECE

Pequenos vacilos, grandes prejuízos: 5 erros que custam caro na oficina

Trocar óleo fora da hora, usar combustível suspeito e ignorar manuais: práticas que parecem inofensivas, mas podem custar caro na manutenção do carro.

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Imagem ilustrativa da notícia Pequenos vacilos, grandes prejuízos: 5 erros que custam caro na oficina camera O câmbio automático é um dos descuidos mais frequentes e pode se transformar, no futuro, em uma conta pesada na oficina. | Divulgação

Ter um carro é assumir uma responsabilidade que vai além do simples ato de dirigir. Revisões, trocas de peças e atenção ao manual são parte da rotina de qualquer motorista que queira evitar dores de cabeça mecânicas e financeiras. No entanto, a pressa do dia a dia, a falta de conhecimento ou até a tentativa de economizar acabam levando muitos condutores a cometer deslizes que, cedo ou tarde, se transformam em contas altas na oficina.

A seguir, veja cinco erros bastante comuns que podem comprometer seriamente a durabilidade do veículo e o bolso do proprietário:

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1. DESCUIDAR DO CÂMBIO AUTOMÁTICO

Sem revisão, a transmissão automática dá sinais claros: trancos, patinação e uma conta pesada na oficina.
📷 Sem revisão, a transmissão automática dá sinais claros: trancos, patinação e uma conta pesada na oficina. |Divulgação/FIAT

O câmbio automático é um dos itens mais sensíveis e caros de um carro. Embora alguns modelos indiquem que o óleo da transmissão não precisa ser trocado ao longo da vida útil, a prática mostra que não é bem assim. Vazamentos e contaminações podem reduzir a eficiência da lubrificação, comprometendo todo o sistema.

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"Pode acontecer algum vazamento, o que reduz o nível do lubrificante, elevando o atrito entre partes internas e elevando a temperatura, que é uma grande vilã quando se trata de carros automáticos", alerta o engenheiro Edson Orikassa.

Entre os sinais de alerta estão trancos nas trocas de marcha e a sensação de que o carro “patina”, demorando alguns segundos para transmitir a força às rodas. Se o óleo estiver escurecido, é hora de substituí-lo.

2. TROCAR O ÓLEO APENAS NA QUILOMETRAGEM

Baixa quilometragem não é desculpa: o lubrificante perde eficácia em torno de seis meses e deve ser trocado.
📷 Baixa quilometragem não é desculpa: o lubrificante perde eficácia em torno de seis meses e deve ser trocado. |Divulgação

Um erro comum é esperar atingir a quilometragem indicada no manual para trocar o óleo, sem levar em conta que o lubrificante também tem prazo de validade.

De acordo com o engenheiro Erwin Franieck, da SAE Brasil, os aditivos do óleo se degradam com o tempo, reduzindo sua eficiência. "A falta de lubrificação eleva o atrito de componentes internos do motor e, consequentemente, o consumo", explica.

Além disso, em condições de uso severas - como tráfego intenso, estradas de terra ou veículos constantemente carregados -, a troca deve ser feita antes do previsto. E não é só o óleo do motor que vence: pneus, por exemplo, perdem eficiência com os anos, mesmo sem uso.

3. ABASTECER EM POSTOS DE PROCEDÊNCIA DUVIDOSA

Fiscal da ANP realiza teste de qualidade da gasolina em posto de combustíveis.
📷 Fiscal da ANP realiza teste de qualidade da gasolina em posto de combustíveis. |Divulgação/ANP

O preço da gasolina ou do etanol muitas vezes pesa na decisão do motorista na hora de abastecer, mas optar apenas pelo posto mais barato pode sair caro.

Segundo Franieck, combustíveis adulterados trazem consequências graves: "O solvente danifica componentes como dutos, vedações e peças emborrachadas, além causar a formação de depósitos no interior do propulsor. Etanol com mais água do que determina a especificação acelera a corrosão de itens e traz funcionamento irregular".

A recomendação é clara: prefira postos conhecidos, desconfie de preços muito abaixo da média e sempre exija nota fiscal da compra.

4. IGNORAR O AMACIAMENTO DO MOTOR

Renault alerta: Sandero 2020 precisa respeitar limite de 130 km/h até atingir 1.000 km rodados.
📷 Renault alerta: Sandero 2020 precisa respeitar limite de 130 km/h até atingir 1.000 km rodados. |Divulgação/Renaul

Embora muitos considerem ultrapassado, o processo de amaciamento ainda é recomendado por diversas montadoras. O manual do Renault Sandero, por exemplo, orienta: "Até atingir os primeiros 1.000 km, não ultrapasse 130 km/h na troca de marcha mais elevada ou 3.000 a 3.500 rpm. No entanto, só após cerca de 3.000 km, seu veículo irá proporcionar todo seu desempenho".

O período inicial de uso serve para que as peças internas se ajustem, reduzindo o atrito e garantindo desempenho e consumo ideais.

"A superfície de componentes metálicos internos de um motor novo apresenta rugosidade, ou seja, variações no relevo que não são as ideais. Isso vale para todo o trem de força, incluindo engrenagens, eixos e mancais, que precisam de quilometragem para atingirem esse assentamento natural", explica Franieck.

5. RODAR SEMPRE COM O MOTOR FRIO

Para garantir a lubrificação correta, o motor precisa alcançar a temperatura ideal de funcionamento.
📷 Para garantir a lubrificação correta, o motor precisa alcançar a temperatura ideal de funcionamento. |Divulgação/FIAT

Carros com baixa quilometragem nem sempre estão em melhor estado que os mais rodados. Se os trajetos são sempre curtos, o motor não atinge a temperatura ideal, acelerando o desgaste.

"Dirigir durante menos de 15 minutos nem esquenta o óleo do motor, impossibilitando a lubrificação adequada. Tem carro com baixa quilometragem que apresenta mais desgaste na comparação com um exemplar mais rodado", observa Franieck.

Veículos abastecidos com etanol sofrem ainda mais nesse aspecto, especialmente em regiões frias. A dificuldade de partida pode aumentar a injeção de combustível, e a parte não queimada gera água como resíduo, contaminando o óleo do motor.

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