
O Pix já se consolidou como a forma de pagamento mais prática e popular do Brasil. Mas, com o crescimento do número de transações, também aumentaram os riscos de golpes e fraudes. Para reforçar a segurança do sistema, o Banco Central (BC) anunciou, na última quinta-feira (5), um pacote de medidas que altera algumas regras e pressiona fintechs e prestadores de tecnologia a se regularizarem mais rápido.
Apesar das mudanças, os usuários não precisam se preocupar: as transferências via Pix continuam funcionando normalmente.
O que muda?
O principal ponto é a fixação de um teto de R$ 15 mil por operação em transações realizadas por instituições de pagamento ainda não autorizadas pelo Banco Central ou que utilizam infraestrutura terceirizada (os chamados PSTIs).
Para quem faz operações em bancos tradicionais ou fintechs já autorizadas, nada muda: os valores continuam livres dentro dos limites estabelecidos pelo próprio cliente.
Outra novidade é a contestação mais ágil em casos de fraude, golpe ou coação. A partir de outubro, será possível abrir o processo diretamente no aplicativo da instituição, sem burocracia, aumentando as chances de recuperar o dinheiro antes que ele seja dissipado.
Além disso, o BC ampliou os mecanismos de rastreabilidade e padronizou etapas entre os participantes do sistema, o que deve tornar as respostas mais rápidas, transparentes e seguras.
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Por que agora?
As medidas foram antecipadas após uma tentativa de fraude de grande porte contra a empresa Sinqia/Evertec, estimada em R$ 420 milhões. Com isso, o prazo para que as instituições solicitem autorização ao Banco Central foi reduzido de dezembro de 2029 para maio de 2026.
“O BC entendeu que estava diante de uma ameaça sistêmica que exigia resposta rápida. A era da regulamentação permissiva chegou ao fim”, avaliou Alex Hoffmann, CEO da PagBrasil.
Para Juan Soto, general manager da Nuvei para a América Latina, a maioria dos usuários não sentirá impacto imediato, já que a limitação às fintechs é uma medida temporária, que cairá assim que a instituição comprovar segurança adequada
Já o especialista em finanças Luís Molla Veloso destacou a importância da nova forma de contestação. “Agora é possível iniciar pedidos diretamente pelos canais digitais, de forma padronizada e ágil. Isso aumenta as chances de bloquear recursos antes que sejam enviados, fortalecendo a confiança no sistema”, explicou.
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