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INVESTIGAÇÃO

Caso Bolsonaro: PF encontra indícios de lavagem de dinheiro

Movimentações financeiras suspeitas em contas relacionadas ao ex-presidente levantam suspeitas da Polícia Federal

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Imagem ilustrativa da notícia Caso Bolsonaro: PF encontra indícios de lavagem de dinheiro camera A PF afirma que foram analisadas 50 comunicações de operações financeiras que envolvem relacionados às investigações da trama golpista. | Marcos Corrêa / PR

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) recebeu cerca de R$ 30 milhões em suas contas bancárias entre março de 2023 e fevereiro de 2024, aponta uma análise da Polícia Federal juntada ao inquérito sobre as suspeitas de obstrução do julgamento da trama golpista.

A análise se baseia em informações levantadas pelo Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) nas movimentações financeiras do ex-presidente.

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O Coaf diz que há suspeitas de indícios de lavagem de dinheiro e de outros ilícitos penais por parte do ex-presidente e do seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP).

"O ex-presidente Jair Bolsonaro foi identificado como parte envolvida em comunicações reportadas por unidades de inteligência financeira ao Coaf", diz a análise da PF.

"As operações financeiras com suspeitas de serem ocorrências de lavagem de dinheiro e outros ilícitos identificadas nas contas de titularidade de Jair Bolsonaro ocorreram entre 01/03/2023 e 05/06/2025."

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O documento levanta que "no período de 01/03/2023 a 07/02/2024, foram movimentados R$ 30.576.801,36 em créditos e R$ 30.595.430,71 em débitos".

O documento registra o recebimento, via PIX, de R$ 19,3 milhões, em 1.214.254 lançamentos —que representa mais de 60% do valor recebido por Bolsonaro. O PL, partido de Bolsonaro, aparece como o principal pagador, com R$ 291 mil transferidos a Bolsonaro. Já os maiores gastos foram feitos aos seus advogados, no valor de R$ 6,6 milhões.

A PF afirma que foram analisadas 50 comunicações de operações financeiras que envolvem relacionados às investigações da trama golpista. Dessas comunicações, quatro tratam de suspeitas relacionadas a Bolsonaro e quatro a Eduardo Bolsonaro.

A PF faz análise de outras transações feitas pelo ex-presidente e por seu filho. É citado, por exemplo, que Jair Bolsonaro enviou R$ 2 milhões a Eduardo em 13 de maio de 2025, como foi informado pelo próprio presidente em depoimento. No entanto, também afirma que foram remetidos R$ 30 mil em março e R$ 40 mil em abril.

"Todas essas transações ocorreram em período no qual Eduardo já se encontrava nos Estados Unidos da América, haja vista que sua saída do território nacional ocorreu em 27/02/2025", diz a Polícia Federal.

"Ainda em relação a Jair Messias Bolsonaro, chama atenção o volume de operações de câmbio realizadas ao longo do período analisado, que totalizaram R$ 105.905,54, especialmente considerando que o ex-presidente está com o passaporte retido e proibido de deixar o país."

A análise policial ainda ressalta a transferência de R$ 2 milhões de Bolsonaro à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro em 4 de junho deste ano, um dia antes de seu depoimento à PF na investigação. A PF entende que ele fez a transferência para a conta de sua esposa para evitar bloqueios de recursos.

Nesta quarta-feira (20), a Polícia Federal indiciou Jair e Eduardo Bolsonaro sob suspeita de obstrução do julgamento da trama golpista, em curso no STF (Supremo Tribunal Federal).

O relatório final da investigação afirma haver indícios de que os dois cometeram crimes de coação no curso do processo e tentativa de abolição do Estado democrático de Direito, e levanta suspeitas de descumprimentos de medidas cautelares.

O pastor Silas Malafaia, apoiador de Bolsonaro, também foi alvo de operação da PF. Ele teve o telefone celular apreendido no aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, ao desembarcar de Lisboa.

Houve, ainda, o cancelamento dos passaportes do pastor, que não pode manter contato com Jair e Eduardo Bolsonaro, mesmo por intermédio de outras pessoas.

Após a divulgação do relatório, a defesa de Bolsonaro disse, em nota assinada pelos advogados Celso Vilardi, Paulo Amador da Cunha Bueno e Daniel Tesser, que "jamais houve o descumprimento de qualquer medida cautelar previamente imposta".

Acrescentaram que farão esclarecimentos dentro do prazo fixado pelo ministro relator do caso, Alexandre de Moraes.

Também após o relatório, Eduardo afirmou em nota que a atuação dele nos EUA não tem objetivo de interferir no processo em curso no Brasil e chamou de "crime absolutamente delirante" os apontamentos da Polícia Federal que resultaram em seu indiciamento e no de seu pai.

Ele disse ainda ser "lamentável e vergonhoso" o que ele chamou de vazamento de conversas entre pai e filho.

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