
Relatos de aparelhos queimados após ligações em voltagem incorreta são comuns no dia a dia, assim como os acidentes domésticos causados por curtos-circuitos. Pensando em uma solução para minimizar esses problemas, Lucio Jacobelli, estudante de medicina da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), criou uma tomada bivolt anti-curto-circuito. O protótipo, desenvolvido é desenvolvido por ele desde os 16 anos e oferece maior segurança no uso de aparelhos de diferentes voltagens.
A inspiração para a invenção surgiu a partir de uma situação cotidiana. Jacobelli tinha um aparelho 220V e uma tomada de 110V disponível. Ao observar a caixa da tomada, ele notou um detalhe que despertou a curiosidade: havia um fio fase não conectado. Foi então que ele fez a modificação e ligou o aparelho.
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"Vi que dentro da mesma caixa havia um outro fio fase que não estava conectado na tomada. Então, desliguei o fio neutro e conectei essa segunda fase. Assim, a tomada passou a ter duas fases e o fio terra, fornecendo 220V, de forma que o aparelho passou a funcionar", explicou o estudante. De acordo com ele, essa experiência levou a pensar que, com a adição de um pino extra, seria possível criar uma tomada que suportasse as duas tensões de forma segura.
Como funciona a tomada anti-curto-circuito?
A tomada bivolt desenvolvida por Jacobelli conta com quatro entradas: duas para fase, uma para neutro e uma para terra. O grande diferencial está no design do plugue, que foi pensado para prevenir curto-circuitos. Ao conectar um aparelho de 127V (voltagem padrão no Brasil), um dos pinos da tomada permanece inativo. Já em aparelhos de 220V, é o pino neutro que fica sem conexão, o que garante que apenas a voltagem adequada seja entregue ao aparelho.
Essa configuração exclusiva possibilita que a tomada funcione tanto para equipamentos de 110V quanto de 220V, sem risco de acidentes elétricos. Mesmo em aparelhos mais antigos, a solução é viável, embora para dispositivos de 220V seja necessário o uso de um adaptador simples.
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Prototipo patenteado e pronto para o mercado
Com a patente já publicada pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), a invenção de Jacobelli traz um avanço significativo para a segurança no uso de aparelhos elétricos no Brasil. A tomada bivolt anti-curto-circuito tem o potencial de prevenir danos a aparelhos, reduzir acidentes e minimizar prejuízos financeiros relacionados ao uso inadequado de energia elétrica.
Ao longo de mais de três anos de desenvolvimento, o protótipo se mostrou funcional e pronto para ser utilizado. A invenção promete beneficiar tanto residências quanto estabelecimentos comerciais e oferece mais tranquilidade ao consumidor na hora de conectar dispositivos à rede elétrica.
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