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VIOLÊNCIA URBANA

Saiba o que está por trás dos ataques a ônibus em São Paulo

Polícia investiga possível ação de facção, desafios online e sabotagem de empresas; mais de 7.800 PMs reforçam patrulhamento

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Imagem ilustrativa da notícia Saiba o que está por trás dos ataques a ônibus em São Paulo camera Ataques a ônibus em SP passam de 600 em um mês. | Paulo Pinto/Agência Brasil

O crescente aumento de casos de ataques a ônibus em São Paulo preocupa passageiros, autoridades e empresas de transporte. Desde o dia 12 de junho deste ano (2025), a capital paulista e regiões próximas enfrentam uma série de atentados a coletivos, que somam mais de 600 ocorrências registradas. A maioria delas é causadas por arremessos de pedras que estilhaçam janelas e ferem pessoas que utilizam o transporte público.

Segundo um levantamento da SPTrans e da Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana e Transporte (SMT), 432 ataques ocorreram somente na capital até às 9h desta terça-feira (15), sendo 11 deles entre a noite de segunda (14) e a manhã seguinte. Ao considerar a região metropolitana e a Baixada Santista, o número ultrapassa 600 casos. O domingo anterior (06) teve 47 registros e o maior pico foi no dia 07 de julho, com 59 incidentes em apenas 24 horas.

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As ações de vandalismo estão espalhadas por diversas zonas da cidade, inclusive em áreas centrais, como mostra vídeos que circulam nas redes sociais, em que uma pedras quebram os vidros de ônibus, deixando os passageiros em pânico.

Diante do cenário, a Polícia Civil trabalha com três principais hipóteses:

  • Desafios propostos nas redes sociais;
  • Ação coordenada pelo Primeiro Comando da Capital (PCC);
  • Sabotagem por empresas que perderam contratos com a Prefeitura.

Até o momento, cinco adultos foram presos e um adolescente apreendido, sendo liberado posteriormente. Um dos presos é acusado de ferir uma passageira ao lançar uma pedra na Avenida Washington Luiz, no fim de junho. Outros dois homens foram flagrados depredando veículos nos bairros de Pirituba, Santo Amaro e Guaianases. As investigações contam com apoio da Divisão de Crimes Cibernéticos (DCCIBER), que monitora redes sociais em busca de articulações.

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Operação Impacto

Para tentar conter a onda de violência, a Polícia Militar lançou a 'Operação Impacto – Proteção a Coletivos', que mobiliza 7.800 agentes em todo o estado. A SPTrans também reforçou que as empresas concessionárias devem relatar os incidentes à Central de Operações e formalizar boletins junto à polícia.

Além disso, a legislação exige que, em caso de dano, o ônibus seja enviado para manutenção e substituído por outro da frota reserva para garantir a continuidade do serviço. Empresas que descumprirem a norma podem ser penalizadas por viagens não realizadas.

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