Entenda a febre Oropouche e seus riscos à saúde

A propagação de doenças virais transmitidas por mosquitos representa um grande risco para a saúde pública, principalmente em regiões de clima quente e úmido. Com o aumento da circulação do vírus Oropouche no Brasil, autoridades sanitárias alertam para a necessidade de medidas urgentes que evitem um grande surto, semelhante ao que ocorreu com a dengue e o Zika vírus nos anos anteriores.

A febre Oropouche, que se tornou uma das principais preocupações de saúde em 2025, é causada por um vírus do gênero Orthobunyavirus e transmitida pelo mosquito maruim, quase imperceptível devido ao seu tamanho reduzido. Seu ciclo de transmissão ocorre tanto em áreas silvestres quanto urbanas, o que favorece a rápida disseminação da doença.

Sintomas da doença

Os sintomas costumam surgir entre quatro e oito dias após a infecção e incluem:

• Febre alta súbita
• Dor de cabeça intensa
• Dores musculares e nas articulações
• Tontura
• Náuseas
• Vômitos e calafrios.

Em alguns casos, podem ocorrer erupções cutâneas e sensibilidade à luz. Embora a maioria dos pacientes se recupere em cerca de uma semana, grupos de risco como crianças, idosos e pessoas com condições médicas pré-existentes podem apresentar quadros mais graves.

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Como ocorre a transmissão?

A transmissão ocorre pela picada de mosquitos infectados, sendo o maruim o principal vetor. Em áreas urbanas, outros mosquitos podem participar do ciclo de transmissão, aumentando o risco. Locais com água parada e acúmulo de lixo favorecem a proliferação dos insetos, exigindo maior controle ambiental.

Para prevenir a doença, recomenda-se o uso de repelentes, roupas que protejam braços e pernas, instalação de telas em janelas e a eliminação de recipientes que acumulam água.

Ações coletivas, como campanhas de conscientização e controle dos focos de mosquitos, são fundamentais para conter a disseminação do vírus. Pesquisadores, incluindo equipes da Universidade de São Paulo, seguem investigando possíveis vacinas e tratamentos específicos.

A mobilização da população e a divulgação de informações confiáveis são essenciais para reduzir o impacto da febre Oropouche. O enfrentamento da doença depende do esforço conjunto entre sociedade e autoridades de saúde, evitando que novos surtos comprometam ainda mais o sistema de saúde.