Na noite da última quinta-feira (14), a jovem Thainara Vitória Francisco Santos, 18 anos e grávida de 4 meses morreu dentro de uma viatura da Polícia Militar de Minas Gerais, em Governador Valadares, no Vale do Rio Doce. Ela havia tentado intervir por seu irmão autista de 15 anos durante uma operação policial.
De acordo com testemunhas e imagens registradas por vizinhos, o adolescente foi imobilizado pela PM, quando Thainara foi detida sob a acusação de agredir os policiais ao proteger o irmão.
Os moradores alertaram os policiais sobre o diagnóstico de autismo do jovem e pedindo que a abordagem fosse mais cuidadosa. “É só ele parar de resistir”, afirmou um dos policiais.
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Após a detenção, Thainara passou mal dentro da viatura e foi levada até a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Vila Isa, que fica nas proximidades do local da abordagem. Ao chegar à unidade de saúde, ela foi encontrada inconsciente pelos policiais. Apesar dos esforços da equipe médica, a jovem foi declarada morta no local.
A PMMG informou que a operação tinha como objetivo localizar um suspeito de homicídio ocorrido no mesmo dia, e que durante a ação os agentes foram "atacados e agredidos por pessoas conhecidas do suspeito, sendo necessário repelir as agressões".
A corporação, por meio de nota, afirmou que está apurando as circunstâncias da morte de Thainara e se comprometeu a garantir transparência na investigação. Da mesma forma, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) também iniciou uma investigação sobre o caso.
O caso gerou ampla repercussão e gerou questionamentos sobre a conduta dos policiais e o uso da força durante a abordagem. Moradores da região e defensores de direitos humanos levantaram críticas sobre a forma como a situação foi conduzida, especialmente no que diz respeito ao tratamento dado a pessoas com necessidades especiais, como o jovem autista.
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Além disso, a morte de Thainara, que estava grávida e em circunstâncias tão vulneráveis, levanta questões sobre os riscos de abordagens policiais mal planejadas e as consequências trágicas para a vida de civis.
A investigação continua, e a comunidade de Governador Valadares espera respostas sobre os eventos daquela noite e sobre as responsabilidades envolvidas na morte de Thainara Vitória.
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