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SECA EXTREMA

Ribeirinhos de Altamira enfrentam crise hídrica e de saúde

Cerca de 1,3 mil ribeirinhos estão sem água potável, em decorrência da seca extrema que acomete a Região Norte. Desabastecimento de alimentos e dificuldades no acesso à saúde também preocupam

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Imagem ilustrativa da notícia Ribeirinhos de Altamira enfrentam crise hídrica e de saúde camera Cerca de 1,3 mil pessoas foram impactadas pela crise hídrica | Foto: João Vitor Moura/MS

Algumas regiões do Norte estão enfrentando dificuldades e já estão em Estado de Emergência por conta da crise hídrica, provocada pela seca extrema. Um problema que tem afetado populações e areais bem carentes. O Governo Federal tem realizado uma força tarefa para ajudar essas famílias.

Uma equipe técnica do Ministério da Saúde, que está no Pará desde o começo da semana em missão da Sala de Situação Nacional de Emergências Climáticas em Saúde, visitou, nesta quinta-feira (17) comunidades ribeirinhas de Altamira, que estão desabastecidas de água e alimentos devido a seca extrema que acomete a região Norte do país. Cerca de 1,3 mil pessoas foram impactadas pela crise hídrica.

“Com os poços secando, torna-se cada vez mais difícil garantir o abastecimento de água de qualidade para o consumo humano, o que eleva os riscos de doenças hídricas e compromete a saúde das comunidades. A falta de água potável agrava ainda mais a vulnerabilidade dessa população”, destaca a líder da Força Nacional do SUS na missão, Tatiana Souza.

Em setembro último, a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básica (ANA) declarou situação crítica de escassez hídrica até o dia 30 de novembro, nos principais rios de Altamira: rio Xingu e seu afluente, o rio Iriri. Nas margens deles, existem três Reservas Extrativistas (Resex) - Resex Rio Iriri, Resex Riozinho do Anfrísio e Resex Rio Xingu - onde vivem 319 famílias que tiveram suas atividades afetadas, entre elas a pesca - principal fonte de economia.

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Morador da reserva Riozinho do Anfrísio, Francisco Ricardo relata que levou 7 dias para chegar a Altamira - devido às dificuldades causadas pelo nível baixo do rio - para realizar um procedimento cirúrgico. Antes da estiagem, o deslocamento durava no máximo dois dias.

Além de visitar as comunidades ribeirinhas, técnicos do Ministério da Saúde conheceram as unidades de saúde do município, com o objetivo de identificar os principais problemas que afetam a população local. Eles contaram com a participação ativa dos líderes comunitários, que forneceram informações essenciais sobre as condições de vida e saúde. Ao final da agenda na região, a equipe vai elaborar um diagnóstico situacional com o objetivo de embasar ações da pasta para mitigar os efeitos das mudanças climáticas no Pará.

Missão de Emergências Climáticas

A sala de situação, comandada pelo Departamento de Emergências em Saúde Pública do Ministério da Saúde (DEMSP), está em missão pelo Pará e também visitou municípios como Itupiranga e Marabá.

A missão é composta por técnicos das secretarias de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA), Saúde Indígena (SESAI), Atenção Primária à Saúde (SAPS) e Atenção Especializada à Saúde (SAES), além de representantes da Secretaria de Saúde Pública do Pará.

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