Na última sexta-feira (26), a Justiça Estadual do Amazonas aceitou a denúncia oferecida pelo Ministério Público contra dez pessoas acusadas de tráfico de substâncias entorpecentes, no contexto da investigação iniciada após a morte da empresária Djidja Cardoso, ocorrida no final de maio. A decisão foi assinada pelo juiz Celso Souza de Paula, da 3ª Vara Especializada em Crimes de Uso e Tráfico de Entorpecentes. O processo está tramitando em segredo de Justiça.
A mãe da ex-sinhazinha do Boi Garantido do Festival de Parintins, Cleusimar Cardoso Rodrigues, e o seu irmão Ademar Farias Cardoso Neto, estão entre os réus. Eles, inclusive, juntamente com outros dois acusados, permanecem presos. Um pedido de relaxamento da prisão dos quatro foi negado pelo juiz na mesma decisão em que acolheu a denúncia.
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O Ministério Público ainda pode apresentar novas denúncias relacionadas ao caso. Além do tráfico de drogas, a investigação também explora indícios de crimes como falsificação, adulteração de produtos terapêuticos e medicinais, aborto induzido sem consentimento, estupro de vulnerável, charlatanismo, curandeirismo, sequestro, cárcere privado e constrangimento ilegal.
A primeira audiência de instrução no processo de tráfico de drogas está marcada para o dia 4 de setembro. Na ocasião, serão ouvidas as testemunhas de acusação e de defesa, e por último, os acusados.
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Em junho, o advogado de defesa Vilson Benayon, buscava uma perícia médica para avaliar a saúde mental de Cleusimar e Ademar, argumentando que ambos poderiam ser dependentes químicos e agido sob efeito de drogas.
Djidja Cardoso foi encontrada morta em sua residência no dia 28 de maio. A Polícia Civil suspeita de uma overdose de cetamina, um anestésico com potencial de sedação e propriedades psicodélicas. Contudo, a confirmação do uso da droga e sua possível relação com a morte da empresária ainda estão sob investigação.
A cetamina possui uso restrito e sua comercialização é controlada. O abuso da substância é o foco principal da investigação que resultou na denúncia contra os familiares de Djidja Cardoso. Eles são suspeitos de terem criado uma seita religiosa que incentivava o uso ilegal da droga. A Polícia Civil afirma que os líderes do grupo persuadiam os seguidores a acreditar que o uso compulsivo da cetamina permitiria alcançar um plano espiritual superior.
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