O Brasil conta com 55 milhões de pessoas com mais de 50 anos, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Além disso, mais de 13 milhões são trabalhadores e estão ativos em uma variedade de ocupações no país, conforme dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) de 2022.
No entanto, esses trabalhadores, em sua maioria, estão em atividades com baixa remuneração e exigência educacional, de acordo com a Classificação Brasileira de Ocupações (CBO). A psicóloga clínica e neuropsicóloga Joelma Martins pondera sobre as vantagens de dar melhores oportunidades e contratar esses profissionais mais experientes. “Ele já vivenciou mais, participou de mais coisas, possui um diferencial estratégico”, disse.
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Recentemente, a psicóloga Joelma Martins voltou a atender no consultório. Foram 22 anos fora, trabalhando em outros projetos. Em sua última experiência, a profissional atuava como chefe de gabinete em uma repartição pública. Portanto, por experiência própria, ela conta que um dos principais benefícios adquiridos foi a maturidade. “A experiência e maturidade ajudam na tomada de decisões. Além disso, ajudam a assumir uma figura de liderança e se sentir mais seguro”.
A troca de experiências com pessoas mais jovens no ambiente de trabalho também deve ser valorizada. “Em nenhum momento você deve se colocar como o que sabe mais que o outro, a troca de experiências é rica e fundamental. Deve-se estar aberto a novos conceitos e novas possibilidades”, diz.
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ETARISMO
Em relação aos desafios, Martins comenta que o etarismo é algo a ser enfrentado. Ela analisa que, no Brasil, há uma questão cultural que implica na ideia de que ao chegar a certa idade, você precisa se aposentar ou está velho demais para trabalhar. A psicóloga ressalta que se o profissional de 50 anos ou mais não tiver auto-suporte, o preconceito pode sim afastá-lo do mercado de trabalho.
“Então, o primeiro desafio é quebrar essa mentalidade e entender que a idade não vai te paralisar. A partir dos 35 anos, nós temos um declínio mental, nossas conexões vão diminuindo e, para manter isso, você tem que estar aprendendo, estudando e o trabalho vai proporcionar isso”, afirma.
Para completar, Joelma Martins dá algumas dicas para quem deseja reinserir-se ao mercado de trabalho. Uma das principais é estar aberto a novas experiências, novos desafios. “Melhore também seu currículo, faça cursos, se atualize para manter-se no mercado de trabalho. Além disso, em uma entrevista, exponha suas experiências, até as que não foram profissionais, como por exemplo, trabalhos voluntários, tudo é importante e não é soberba”, pontua a psicóloga.
- 55 milhões de brasileiros têm hoje mais de 50 anos, segundo o IBGE.
- 13 milhões desses brasileiros estão em atividade, segundo a Relação Anual de Informações Sociais.
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