Em meio a uma série de investigações e especulações, o cenário político brasileiro se encontra em um momento de tensão. O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não deve ser preso durante o depoimento na Polícia Federal (PF) marcado para esta quinta-feira (22), segundo a opinião de dois advogados criminalistas entrevistados pelo jornal Estado de Minas.

A PF convocou Bolsonaro devido à investigação sobre uma suposta “organização criminosa” que teria tentado um golpe de Estado.

Apesar de poder optar por não comparecer à PF. Se isso ocorrer, é provável que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ordene uma condução coercitiva. Moraes argumenta que esta é a oportunidade para Bolsonaro se justificar, garantindo todos os seus direitos.

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Durante a Operação Tempus Veritatis, a PF apreendeu o passaporte de Bolsonaro, impedindo-o de viajar ao exterior, e proibiu qualquer contato entre ele e os demais investigados, incluindo o presidente do PL, Valdemar Costa Neto.

No entanto, a situação pode mudar se Bolsonaro, durante os eventos marcados para o dia 25 de fevereiro na avenida Paulista, promover um golpe. Ele convocou seus apoiadores para um evento “em defesa do Estado democrático de direito” em 25 de fevereiro às 15h na Av. Paulista, em São Paulo.

Segundo o advogado criminalista Rafael Paiva, se Bolsonaro fizer um discurso atacando as instituições ou o ministro Alexandre de Moraes, ele estará exacerbando a investigação contra si mesmo. Se fizer um discurso atacando as urnas ou incitando o golpe, Bolsonaro poderia até ser preso na Avenida Paulista. “Seria como se ele estivesse construindo provas contra si mesmo. Portanto, acredito que o ex-presidente deve fazer um discurso moderado, para evitar um possível mandado de prisão”, explica Paiva.

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