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DESEMPREGO

IBGE registra queda de 17,6% no desemprego

O Brasil fechou o quarto trimestre de 2023 com a marca de 1,8 milhão de pessoas no chamado desemprego de longa duração, o que representa uma queda de 17,6% ante o quarto trimestre de 2022 (2,2 milhões)

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Imagem ilustrativa da notícia IBGE registra queda de 17,6% no desemprego camera Segundo o IBGE, 1,8 milhão de desempregados é o menor número registrado desde 2015 | Wagner Almeida

O Brasil fechou o quarto trimestre de 2023 com 1,8 milhão de desempregados que estavam à procura de trabalho havia dois anos ou mais. É o menor número para o período de outubro a dezembro desde 2015 (1,7 milhão), quando a economia brasileira estava em recessão, indicam dados divulgados ontem (16) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Ao marcar 1,8 milhão, o número de pessoas no chamado desemprego de longa duração teve queda de 17,6% ante o quarto trimestre de 2022 (2,2 milhões). Considerando apenas o período de outubro a dezembro, esse contingente chegou à máxima de 3,6 milhões em 2021, quando a economia amargava os efeitos da pandemia de Covid-19.

Os dados integram a Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), cuja série histórica teve início em 2012.

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De acordo com o IBGE, o grupo de 1,8 milhão de pessoas no desemprego de longa duração (dois anos ou mais) representava 22,3% do total de 8,1 milhões de desocupados no país nos três últimos meses de 2023. Trata-se do menor percentual para o quarto trimestre desde 2016 (19,7%).

Adriana Beringuy, coordenadora de pesquisas por amostra de domicílios do IBGE, disse que o resultado pode ser considerado positivo. De acordo com ela, o quadro sinaliza uma capacidade de ocupação mais rápida no mercado de trabalho do que em períodos anteriores.

Dos 8,1 milhões de desempregados no Brasil de outubro a dezembro de 2023, 46,5% (3,8 milhões) estavam em busca de trabalho no período de um mês a menos de um ano. Esse é o grupo mais representativo entre os desocupados.

RENDA DO TRABALHO

A renda média do trabalho bateu recorde em 2023 em duas regiões do Brasil: Centro-Oeste e Norte. O quadro pode refletir o desempenho positivo de atividades econômicas como agropecuária e indústria extrativa. Ambas têm forte presença no Centro-Oeste e no Norte.

Esses setores, embora não sejam grandes empregadores, têm condições de espalhar impactos positivos ao longo da economia, incluindo o mercado de trabalho de outros segmentos, segundo Adriana Beringuy, coordenadora de pesquisas por amostra de domicílios do IBGE.

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“O aquecimento do seu mercado, do desempenho econômico, pode trazer, sim, esse efeito de extravasamento para a economia local, demandando mais trabalhadores nos serviços, no comércio”, disse a pesquisadora, ao ser questionada em entrevista coletiva.

Em 2023, o rendimento médio mensal habitualmente recebido em todos os trabalhos foi estimado em R$ 3.418 no Centro-Oeste. É o maior das cinco grandes regiões. O valor equivale a uma alta de cerca de 8% em relação a 2022 (R$ 3.162). Com isso, também renovou o recorde local na série histórica da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua).

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