PF apura se Rivaldo e irmã de Neymar financiaram golpistas

O Supremo Tribunal Federal (STF) está conduzindo uma investigação sobre a "Milícia Digital", um grupo de apoiadores do ex-presidente Bolsonaro acusado de disseminar notícias falsas e promover ataques virtuais.

O grupo também é suspeito de participar e financiar a invasão e vandalismo de edifícios públicos na Praça dos Três Poderes, em Brasília, durante uma tentativa de golpe em 8 de janeiro deste ano.

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Paralelamente, a Polícia Federal (PF) está apurando as doações recebidas pelo cantor gospel Salomão Vieira, um dos organizadores dos atos antidemocráticos, atualmente foragido. Entre os doadores, destacam-se o ex-jogador Rivaldo e a irmã de Neymar, a digital influencer Rafaella Santos.

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Segundo reportagem da revista Veja, no decorrer das investigações da Operação Lesa Pátria, investigadores ouviram um membro das milícias digitais, que relatou ter convivido com Salomão Vieira no Paraguai após os ataques de 8 de janeiro. Segundo o informante, o cantor teria revelado a identidade de alguns doadores, incluindo Rivaldo, que teria colaborado com R$ 50 mil.

RIVALDO FEZ POSTAGEM ANTIDEMOCRÁTICA

Em princípio, Rivaldo não é acusado de cometer crime, pois a doação não foi, até o momento, vinculada ao financiamento dos ataques. Eleito o melhor do mundo em 1999, Rivaldo foi um dos atletas que apoiaram Jair Bolsonaro.

Após a derrota do ex-presidente, o pentacampeão comparou o resultado eleitoral à eliminação do Brasil na Copa de 1998, expressando tristeza e mantendo a esperança de mudanças futuras. “A luta continua e não vamos parar pois muita coisa ainda vai acontecer até o 31/12/2022”, publicou Rivaldo, repetindo o discurso antidemocrático de muitos apoiadores do ex-presidente.

Já Rafaella Santos, irmã do jogador Neymar, adotou uma postura mais ponderada diante do resultado da eleição presidencial. Em um raro pronunciamento público, a influenciadora declarou seu apoio ao ex-presidente Bolsonaro, mas reconheceu a derrota nas urnas. Em suas palavras, ela afirmou: "Sou Bolsonaro, sim. Não é segredo para ninguém minha opção nestas eleições. Mas democraticamente sempre respeitei a todos que optaram pelo Lula."

O QUE DIZEM OS INVESTIGADOS

Salomão Vieira se defendeu das acusações, afirmando ser vítima de perseguição política. Rafaella Santos negou qualquer doação ao cantor, alegando o uso indevido ou fraudulento de seu nome.

Contudo, durante conversa com o delegado, um integrante das milícias digitais revelou que ela também teria ajudado a financiar o grupo bolsonarista.

Rivaldo, por seu turno, admitiu ter feito duas doações, de valores menores, com o propósito de ajudar pessoas necessitadas ligadas à igreja.