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CRIMES VIRTUAIS

Veja como escapar de cinco golpes on-line

Esses crimes virtuais podem envolver vírus para celular e computador, mas também serem feitos a partir de ligações de falsas centrais telefônicas, de mensagens enganosas via e-mail, redes sociais, WhatsApp ou de sites. Saiba como evitar cinco golpes on-line!

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Imagem ilustrativa da notícia Veja como escapar de cinco golpes on-line camera O número de ocorrências de estelionato na internet disparou após o isolamento social em decorrência da pandemia de Covid-19 | Freepik

O Brasil é campeão mundial em golpes contra pessoas físicas, mostram levantamentos de diversas empresas de segurança digital. Ao contrário de cibercriminosos de países ricos que miram fraudes milionárias contra grandes empresas, os daqui preferem esquemas simples e reprodutíveis em larga escala.

CRIMES

Esses crimes virtuais podem envolver vírus para celular e computador, os chamados “trojan bancários”, mas também serem feitos na base da conversa, a partir de ligações de falsas centrais telefônicas, de mensagens enganosas via e-mail, redes sociais ou WhatsApp ou de sites fraudulentos.

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O número de ocorrências de estelionato na internet ainda disparou após o isolamento social em decorrência da pandemia de Covid-19 e nunca mais voltou aos patamares anteriores.

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Por isso, a reportagem separou uma lista dos cinco golpes mais comuns e os cuidados para evitá-los:

FALSA CENTRAL TELEFÔNICA OU SPOOFING

Nas últimas semanas, clientes do Nubank foram às redes sociais relatar tentativas de golpes a partir de ligações telefônicas, em que o identificador de chamadas mostrava o número oficial da empresa.

Esses telefonemas, entretanto, são feitos de outras linhas que não as da instituição financeira. Os cibercriminosos, nesses casos, usam máscaras para adulterar o número apresentado pelo identificador.

Essa fraude não requer a instalação de programas maliciosos no telefone da agência ou da vítima, o que deixa todos vulneráveis.

Bancos alertam que o cliente deve desconfiar de qualquer ligação que peça informações pessoais ou bancárias. Essa não é uma prática de instituições financeiras.

GOLPE DA MÃO FANTASMA

Os vírus mais detectados em smartphones brasileiros têm a função de acesso remota, usado no golpe que ficou conhecido como “mão fantasma”.

Nesse esquema, os cibercriminosos escurecem a tela do aparelho e usam aplicativos bancários em segundo plano para vasculhar senhas e informações pessoais para depois fazer operações bancárias

Desligar o aparelho ou mantê-lo desconectado impediria que os golpistas continuassem procurando por senhas ou realizassem novas transações, mas é muito difícil a vítima perceber que o golpe está acontecendo a tempo de impedi-lo.

A melhor prevenção contra essa fraude é não baixar aplicativos de fora das lojas oficiais da Apple e do Android e se atentar a notificações de celular estranhas para evitá-las.

GOLPE DESVIO DE PIX

Outro golpe comum neste ano desvia o dinheiro do Pix pelo celular quando o cliente vai realizar uma transferência bancária. Esse vírus já fez mais de 6.300 vítimas no Brasil desde janeiro deste ano, segundo dados da Kaspersky, empresa de segurança on-line.

A ação dos golpistas ocorre por meio do sistema ATS (sigla em inglês para automated transfer system), após o consumidor baixar algum aplicativo que esteja infectado com o trojan, um tipo de vírus também conhecido como cavalo de Troia.

Os cibercriminosos entram no celular da vítima quando ela baixa algum aplicativos infectado ou clica em links duvidosos. Apps de jogos, por exemplo, estão entre os que foram identificados como vetores do novo vírus que faz a transferência do valor do Pix do cliente.

A melhor forma de prevenção, como no caso da “mão fantasma, é se atentar a sites e notificações suspeitas e evitar baixar aplicativos de fontes não oficiais.

ROUBO DE IDENTIDADE NO INSTAGRAM COM INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

Estelionatários, depois de invadir contas em redes sociais, usam inteligência artificial (IA) para clonar traços e voz da vítima e publicar vídeos falsos a fim de aplicar novos golpes.

Os criminosos usam como isca investimentos com retornos financeiros incríveis ou venda de móveis a preços impraticáveis e certificam a oferta com a credibilidade da pessoa, cujo perfil fora roubado.

Essa tecnologia ficou conhecida nos últimos anos como deepfake e está mais acessível a cada dia com a popularização de IAs generativas, aquelas como o ChatGPT. Hoje, bastam cinco minutos de áudio para copiar uma voz com qualidade aceitável.

O único jeito de se prevenir do risco de ser clonado na internet é restringir a circulação de imagens e áudios de si. Uma opção é tornar a conta privada e limitar a visualização de posts a amigos. A outra é evitar publicar.

SITES, E-MAILS E MENSAGENS FALSAS

O golpe mais comum no Brasil é também o mais simples: sites e mensagens falsas que induzem a vítima a fazer pagamentos a criminosos. Essa prática é chamada de phishing, em referência ao verbo pescar em inglês, já que há o uso de uma isca.

Os criminosos usam assuntos do momento como o Bolsa Família, o programa de refinanciamento de dívidas Desenrola Brasil, Imposto de Renda ou oportunidades de emprego, a exemplo do Concurso Nacional Unificado que o governo irá realizar.

Mesmo que a pessoa não faça uma transferência na ocasião, pode ceder informações sensíveis. Nas mãos de criminosos, esses dados permitem criação de contas laranja e aplicação de golpes em conhecidos da vítima.

A maior dica de prevenção é desconfiar. Verifique a autenticidade de mensagens e ligações, seja por WhatsApp, e-mail ou redes sociais, que prometem grandes negócios ou que tenham caráter de urgência.

Erros ortográficos ou endereços diferentes dos canais oficiais são indicativos comuns de fraude. Caso receba um link, prefira digitar manualmente a URL oficial em seu navegador. Assim, é possível encontrar erros na URL difíceis de identificar à primeira vista, como “1” em vez de “I” ou “0” em vez de “O”.

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