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Amazônia: internet de Elon Musk vai parar no garimpo ilegal 

O bilionário havia prometido instalar internet em 19 mil escolas durante visita ao Brasil ainda no governo Bolsonaro

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Imagem ilustrativa da notícia Amazônia: internet de Elon Musk vai parar no garimpo ilegal  camera O empresário, em foto com o ex-presidente Bolsonaro, é proprietário da empresa Starlink | Reprodução/Twitter

O bilionário sul-africano Elon Musk visitou o Brasil em maio do ano passado, ainda durante o governo de Jair Bolsonaro. Com ele, veio a promessa de instalação de internet em 19 mil escolas da Região Amazônica por meio da empresa Starlink. Um ano após sua vinda, o empresário não fechou nenhum acordo com o governo federal, mas suas antenas estão sendo vendidas, inclusive para garimpos ilegais.

Até o momento, a empresa de Musk só levou internet a duas escolas no Amazonas. As antenas foram doadas em 2022 como forma de "demonstração dos serviços da empresa", entretanto, não houve novas instalações desde então.

O governo Bolsonaro anunciou, durante a vinda do bilionário ao Brasil, em maio do ano passado, que 100% das escolas da região norte estariam conectadas.

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Segundo dados da Anatel, ainda faltam mais de 5 mil escolas receberem as instalações. Em outubro do ano passado, o governo abriu um edital para novos provedores de internet, mas a empresa de Musk não participou.

Por outro lado, as antenas da Starlink têm sido vendidas de forma privada. O próprio site anunciou que 50 mil pessoas já faziam uso da internet, após uma promoção de 50% de desconto.

Como falamos no início da matéria, as antenas têm sido vendidas e apreendidas pela Polícia Federal em garimpos ilegais. Conforme reportagem do UOL, elas podem ser compradas em grupo de garimpeiros em grupos no Facebook e no WhatsApp.

Quando questionada pelo UOL, a representante legal da Starlink no Brasil afirmou que não fala em nome da empresa. "Não tenho nenhum envolvimento com a operação e nem conheço os planos da empresa aqui. Não existe ainda uma estrutura e operação local, e não estou autorizado a falar pela empresa".

Além disso, vendedores não autorizados da internet cobram preços mais altos que o normal, podendo chegar de R$ 1 mil até R$ 8 mil. No entanto, a prática vai contra os termos de uso da própria empresa, já que no site, a seguinte frase está exposta: "você não poderá revender o acesso aos serviços a terceiros como um serviço independente, integrado ou de valor agregado".

Dentre outros motivos, o aumento do preço se dá pelo fato do produto ser distribuído para países como o Suriname e as Guianas. Se levar para outros países como Guiana Francesa e Suriname, em que o pessoal tem procurado muito, fica mais caro", afirmou uma fonte anônima consultada pelo DOL.

E não para por aí. O uso da internet têm prejudicado órgãos de segurança brasileiros, facilitando o acesso a garimpeiros e fazendo fluir a comunicação deles de modo a evitar novas prisões.

Com informações do UOL

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