plus
plus

Edição do dia

Leia a edição completa grátis
Edição do Dia
Previsão do Tempo 32°
cotação atual R$


home
EVASÃO FISCAL

Parlamentares pedem fim da Shein no Brasil

As companhias asiáticas vendem produtos sem taxação ou subfaturados no país.

twitter Google News
Imagem ilustrativa da notícia Parlamentares pedem fim da Shein no Brasil camera Lojas Shein no Brasil | Foto: SHEIN/Divulgação

Deputados e senadores da FPE (Frente Parlamentar Mista do Empreendedorismo) pediram nesta quarta-feira (15) ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), que atue pelo fim do "contrabando digital" feito por empresas chinesas, como a Shein. Segundo eles, companhias asiáticas vendem produtos sem taxação ou subfaturados no país.

Em entrevista ao final do encontro, o presidente da FPE, deputado Marco Bertaiolli (PSD-SP), falou sobre o prejuízo da prática às empresas brasileiras.

"O Brasil hoje recebe 500 mil pacotes diários vindos da China, em que os valores são subfaturados e os pacotes são multiplicados", afirmou. "Você compra cinco camisetas da Shein. Ela manda cinco pacotes, um com cada camiseta, para estar abaixo do valor que é taxado, que é de US$ 50 (R$ 262). Mesmo assim, quando passa de US$ 50, o valor da nota fiscal vem subfaturado."

Bertaiolli afirmou que tal prática prejudica a indústria e o comércio do país. "Nós temos bilhões que não são taxados, nem o IOF [imposto sobre operações financeiras] é pago. Não é só taxar o que nós temos, é ter uma percepção geral do que não está sendo contributivo no Brasil."

Fundada na China, a Shein tem sede em Singapura e é um dos sites de roupas mais acessados no Brasil. O negócio, que nasceu em 2008, viu sua popularidade disparar na pandemia ao oferecer um catálogo de produtos com preços baixos.

A tributação do ecommerce e o enfrentamento a plataformas estrangeiras, como a Shein, são pontos de destaque entre as reivindicações do varejo têxtil, que chama atenção para a falta de isonomia na tributação.

Enquanto empresas brasileiras estão sujeitas a cobrança de impostos ao longo da cadeia de produção, as plataformas estrangeiras estariam usando o benefício de isenção para trocas entre pessoas físicas, desde que o valor da mercadoria fique abaixo de US$ 50, para evitar o imposto de importação (o que tornaria o produto mais caro).

Empresários também reclamam que as companhias estão fraudando dados ao registrar produtos mais caros com preço abaixo do valor de US$ 50 como forma de fugir da taxação.

Veja também:

Em março do ano passado, a Receita Federal anunciou que estava estudando uma MP (Medida Provisória) para impedir que empresas de comércio eletrônico estrangeiras vendam mercadorias para brasileiros sem pagar os devidos impostos. A mudança atingiria marketplaces como AliExpress e Shopee.

O então presidente Jair Bolsonaro (PL) disse na época que não pretendia assinar a medida para taxação de compras por aplicativos.

"Evasão fiscal hoje é um problema para o Brasil. Essa evasão é o que está atrapalhando a receita, que vai garantir inclusive a compensação nas mudanças nos impostos. É bater forte com relação a essa evasão fiscal que se dá em diversos segmentos do comércio internacional, da questão dos aplicativos de jogos e de apostas [esportivas]", afirmou o deputado Danilo Forte (União Brasil-CE), vice-presidente da FPE.

No encontro, a reforma tributária foi o principal tema discutido pelos pelos parlamentares. Bertaiolli afirmou que a atualização da tabela do Simples Nacional ficará de fora das mudanças que estão sendo discutidas pela Câmara, conforme declaração dada por Haddad na segunda-feira (13).

"Hoje nós tivemos a posição do Ministério [da Fazenda] de que o Simples Nacional não será alterado na reforma tributária", ressaltou. "Dentro da reforma nós temos a garantia da manutenção do Simples e a resposta que eles vão nos dar é essa atualização."

Outra demanda levada ao ministro foi a desoneração ampla da folha de pagamento, e não apenas para os atuais 17 setores beneficiados pela medida.

"O que nós falamos para o ministro é que, em que pese que a oneração da folha tem outro objetivo, que é a Previdência, a desoneração pode ajudar a reforma tributária com a calibragem na alíquota das empresas de serviço no Brasil", disse Bertaiolli.

"Nós já temos 17 setores da economia desonerados, não é justo que todos não sejam. O ministro sabe que em dezembro deste ano, quando vence a desoneração desses 17 setores, ele tem um problema. Dificilmente ele vai conseguir reonerar o que está desonerado. E não é justo com o restante da economia", ressaltou.

De acordo com o deputado, a FPE sugeriu ao ministro uma calibragem em que a oneração da folha de pagamento seria reduzida conforme a alíquota do IVA fosse gradualmente elevada.

VEM SEGUIR OS CANAIS DO DOL!

Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. Acesse: dol.com.br/n/828815.

tags

Quer receber mais notícias como essa?

Cadastre seu email e comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Conteúdo Relacionado

0 Comentário(s)

plus

    Mais em Notícias Brasil

    Leia mais notícias de Notícias Brasil. Clique aqui!

    Últimas Notícias