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SP: Kid Bengala terá que apagar vídeos "salientes" do Tiktok

Ator pornô e candidato quis fazer piadinhas de conotação sexual na sua campanha, mas a Justiça Eletoiral de São Paulo não gostou muito da ideia.

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Imagem ilustrativa da notícia SP: Kid Bengala terá que apagar vídeos "salientes" do Tiktok camera Na peça, Kid faz trocadilhos com conotação sexual. | Reprodução

O ator pornô e candidato a deputado federal Clóvis Basílio dos Santos, conhecido como Kid Bengala (União Brasil-SP), terá que apagar da rede social TikTok um vídeo de divulgação de sua campanha eleitoral. Na peça, o candidato faz trocadilhos com conotação sexual.

"Como o Lucas, como o seu João, como o José, como o Ricardo, também como a Flávia, como a Maria, como a Joice, enfim, eu, como todos os brasileiros e brasileiras, estou de saco cheio de tantas sacanagens da política. Por isso, como você, resolvi inovar para meter o pau nessa bagunça. Pode apostar que eu vou entrar é com tudo", diz ele no material, no qual ele também faz movimentos com insinuações sexuais.

A Procuradoria Regional Eleitoral acionou o TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo) e solicitou a exclusão do vídeo, com o argumento de que ele contém gesticulação vulgar, ofensiva, grosseira, nojenta e repugnante, com conotação sexual, preconceituosa e discriminatória, fere a imagem de homens e mulheres e extrapola os limites da liberdade de expressão.

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Em sua decisão, em caráter liminar, a juíza Maria Claudia Bedotti diz que o vídeo não veicula qualquer conteúdo programático e pode criar indignação na opinião pública, "seja pelo emprego do verbo comer no sentido sexual, chulo e grosseiro, seja pelo uso de outros termos vulgares, que ferem a moral e os bons costumes, o que não pode ser permitido pela Justiça Eleitoral."

A magistrada acrescenta, ainda, que a propaganda eleitoral é uma maneira de divulgar os problemas e as propostas para solucioná-los. "Serve para apresentar os candidatos, demonstrar seu histórico na luta por uma ideologia, e não para ser apelativa e causar repúdio", afirma.

O candidato diz à coluna Painel, da Folha de S.Paulo, que cumprirá a determinação. "Mas lamento ter minha voz e atitudes censuradas. Meu vídeo jamais teve a intenção de ofender ninguém", afirma.

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