De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a estimativa é que em 2060, o número de idosos deva chegar a 25,5% da população brasileira. E, uma década antes, a expectativa é que no Brasil, e em todo o mundo, existirão mais idosos que crianças abaixo de 15 anos.
Estes dados mostram a realidade para a qual o mundo se encaminha. Envelhecer demanda alguns cuidados específicos, principalmente, quando falamos no ambiente residencial. Um dos grandes fatores que influenciam diretamente na vida da pessoa idosa é a instabilidade postural e a alteração da marcha, que aumentam o risco de quedas.
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Cerca de 30% das pessoas idosas caem, a cada ano. Esta taxa aumenta para 40% entre os idosos com mais de 80 anos. Dos que caem, cerca de 2,5% requerem hospitalização e desses, apenas metade sobrevive após um ano. Os dados são apresentados pelo Caderno de Atenção Básica, voltado para o envelhecimento da pessoa idosa, do Ministério da Saúde. O caderno ainda informa que a maioria das quedas acidentais ocorrem dentro de casa ou em seus arredores, geralmente durante o desempenho de atividades cotidianas como caminhar, mudar de posição e ir ao banheiro, e cerca de 10% ocorrem em escadas.
O médico Bruno Sampaio, coordenador dos médicos da família do Sistema Hapvida, dá algumas orientações preventivas que podem ser adotadas no dia a dia para diminuir o risco de quedas. "Reduzir o número de tapetes, adotar o uso de corrimão em banheiros e outros ambientes da casa, assim como o uso de calçados adequados. Deve-se evitar usar chinelas, sandálias baixas para diminuir o risco de queda, e se necessário, a depender da limitação de mobilidade do idoso, o uso de bengalas ou andadores”.
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Estas medidas simples podem ser implementadas no cotidiano, tendo em vista que as quedas representam um sério problema para as pessoas idosas e estão associadas a elevados índices de morbi-mortalidade e redução da capacidade funcional.
Bruno Sampaio esclarece que a família do idoso deve procurar um médico, a partir da primeira queda, para evitar problemas futuros e maiores. "Uma vez esse idoso tendo uma queda, obviamente é importante procurar a ajuda de um profissional de saúde para descartar risco de fraturas nesses idosos. Descartando a fratura é preciso também trabalhar o aspecto psicológico e garantir a segurança desse idoso, para que ele não tenha mais risco de queda, tendo também as medidas preventivas", finaliza.
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