Governo deve antecipar o pagamento do Auxílio Brasil

Faltando cerca de três meses para as eleições, o Governo Federal tem pressa e busca estratégias para mudar o cenário da intenções de votos, que apontam lula na frente da corrida presidencial. Com isso, o presidente e pré-candidato à reeleição quer mudar de forma definitiva o cronograma de pagamento do Auxílio Brasil, com objetivo de desvencilhar o programa de transferência de renda do presidente Jair Bolsonaro, do Bolsa Família, do ex-presidente Lula.

A proposta visa antecipar o calendário de pagamentos para a primeira quinzena de cada mês. Atualmente, o pagamento é feito nos últimos 10 dias úteis, de acordo com o NIS (Número de Identificação Social). O Palácio do Planalto tem como meta realizar o pagamento dos novos benefícios no dia 9 de agosto.

A PEC foi promulgada pelo Congresso Nacional na quinta-feira e eleva do piso do Auxílio Brasil, que passará de R$ 400 para R$ 600, além de conceder um vale-diesel a caminhoneiros autônomos e benefício a taxistas.

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Os benefícios duram até dezembro de 2022 e vão gerar um gasto extra de R$ 41,2 bilhões.

De acordo com um ministro palaciano, a expectativa é que o aumento do Auxílio Brasil mude os ânimos dos eleitores a favor de Bolsonaro, sobretudo na região Nordeste e interior do estado de Minas Gerais.

Os pagamentos de julho começam nesta segunda-feira (18) para18 milhões de famílias, que ainda vai receber o piso de R$ 400.

Veja o calendário de pagamento:

Além do calendário de pagamento do Auxílio Brasil, Bolsonaro foi aconselhado a adotar uma outra tática e explorar um dos aspectos do programa: as mulheres, segmento com alta rejeição ao presidente.

Segundo uma pesquisa encomendada pelo governo ao Ministério da Cidadania revela que a maior parte do público beneficiado pelo Auxílio Brasil são pessoas do sexo feminino. Considerando dados de julho, as famílias chefiadas por mulheres representam 84,7% do público atendido, o que abrange 15,3 milhões de um universo de 18 milhões.