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SAÚDE

Em 2 anos, Covid pode se tornar uma doença endêmica

Segundo estudo, a perda de status pandêmico significaria relativo controle sobre a doença

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Imagem ilustrativa da notícia Em 2 anos, Covid pode se tornar uma doença endêmica camera Belém, Pará, Brasil. Cidade. Vendas de máscaras caem com liberação do uso em Belém. Procura pelo produto tem diminuído e preocupa vendedores. Data: 26/05/2022. Foto: Mauro Ângelo/ Diário do Pará. | Mauro Ângelo/Diário do Pará

Em dois anos, a Covid-19 estará circulando pelo mundo sob a forma de uma endemia, preveem pesquisadores da Universidade de Yale, nos Estados Unidos. A perda de status pandêmico significaria relativo controle sobre a doença, que passaria a ocorrer de forma sazonal e localizada, como a gripe. O comportamento já era esperado por cientistas, mas o trabalho pela primeira vez deu um horizonte temporal para o processo.

Em estudo publicado na revista PNAS Nexus, cientistas da instituição utilizaram camundongos para coletar dados sobre taxas de reinfecção do coronavírus e criar um modelo matemático de trajetória da doença. Entender essa capacidade é importante, explicam os responsáveis pelo experimento, porque um fator chave na disseminação dos coronavírus, tanto entre humanos como em animais, tem sido uma tendência para algo chamado de imunidade não esterilizante.

“Isso significa que inicialmente há uma imunidade bastante boa, mas que diminui de uma forma relativamente rápida. E, mesmo que um animal ou uma pessoa tenham sido vacinados ou infectados, eles provavelmente se tornarão suscetíveis novamente”, afirma a professora da Escola de Medicina da Yale Caroline Zeiss, autora sênior do estudo, em comunicado.

Durante os últimos dois anos, os pesquisadores têm observado que o Sars-CoV-2, vírus causador da Covid-19, induz na população essa imunidade não esterilizante, ou seja, casos de reinfecção são comuns. Isso leva os cientistas a acreditarem que o vírus não vai ser erradicado tão cedo. Por isso, buscam entender quando o comportamento do patógeno pode se tornar mais semelhante ao da Influenza, que causa a gripe e tem uma circulação esperada e menos alarmante.

Eles explicam que há fortes semelhanças entre as infecções pelo coronavírus em animais e humanos e, por isso, empregaram modelos matemáticos obtidos com a análise de camundongos para replicar a atual situação epidemiológica dos Estados Unidos. O resultado da simulação identificou o tempo necessário à reinfecção a partir de fatores como interações entre os indivíduos e imunidade adquirida pelas vacinas ou pela contaminação.

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