Depois de deputado estadual Carlos Gianazzi (PSOL) protocolou o pedido para que procurador-geral da República, Augusto Aras, investigue o ministro da Educação, Milton Ribeiro, pelo suposto uso irregular de verbas do MEC. Novos fatos e denuncias referente ao caso sugiram. Desta vez, envolver o prefeito de uma cidade do Maranhão que foi chantageado por um dos pastores ligados ao ministro para poder conseguir recursos da pasta.
O prefeito de Luís Domingues, Gilberto Braga (PSDB), afirmou que recebeu proposta feita pelo pastor Arilton Moura para que ele, o administrador municipal, pagasse a quantia de R$ 15 mil e mais um quilo de ouro pela facilitação do repasse de recursos pelo MEC. Arilton é apontado como um dos pastores ligados a Milton Ribeiro.
Atualmente, um quilo de ouro no mercado corresponde a quase R$ 310 mil.
Servidor do Estado tem reajuste salarial de 10,5% aprovado
Em entrevista ao Estado de São Paulo, Gilberto contou que se encontrou com o pastor no restaurante Tia Zélia, em Brasília, logo após almoço informal em que ministro esteve presente. “Ele disse: ‘Traz um quilo de ouro para mim’. Eu fiquei calado. Não disse nem que sim nem que não”, contou Braga.
“Ele disse que tinha que ver a nossa demanda, de R$ 10 milhões ou mais, tinha que dar R$ 15 mil para ele só protocolar. E na hora que o dinheiro já estivesse empenhado, era para dar um tanto ‘x’. Para mim, como a minha região era área de mineração, ele pediu 1 quilo de ouro”.
Vídeo: investigação a líder religioso preso no PA continua
Arilton teria falado sobre a destinação de recursos de forma deliberada na ocasião, na presença de outros prefeitos. O pastor também teria repassado o número da conta bancária para que os líderes municipais fizessem as transferências.
Em nota, Ribeiro negou ter favorecido pastores na distribuição de verbas do ministério e rechaçou o envolvimento de Bolsonaro em irregularidades. Um áudio mostra Ribeiro dizendo que o apoio preferencial seria consequência de um pedido direto de Bolsonaro.
Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. Acesse: dol.com.br/n/828815.
Comentar