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Abono do PIS tem R$ 208 milhões parados nas contas

Cerca de 320 mil trabalhadores têm direito a receber o benefício referente ao ano de 2019, mas não fizeram o saque até a data limite.

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Imagem ilustrativa da notícia Abono do PIS tem R$ 208 milhões parados nas contas camera Marcello Casal Jr/ Agência Brasil

Um total de R$ 208 milhões em abonos salariais está esquecido e poderá ser sacado por 320 mil trabalhadores a partir do dia 8 de fevereiro. Segundo o Ministério do Trabalho e Previdência, esses brasileiros têm direito de receber o abono do PIS (Programa de Integração Social) e do Pasep (Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público) referente ao ano de 2019, mas não fizeram o saque até o dia 30 de junho de 2021, quando encerrou o calendário de liberações.

Todos os anos sobra dinheiro de quem não retirou os valores do abono salarial no prazo: são trabalhadores que têm direito, mas não sabem que estão com os valores a receber parados na Caixa (no caso do PIS) e no Banco do Brasil (para o Pasep).

Os abonos salariais esquecidos poderão ser resgatados nas mesmas datas do novo calendário de pagamentos de 2022, que neste ano vai pagar o benefício referente ao período trabalhado em 2020. As liberações na Caixa, para inscritos no PIS, serão feitas entre 8 de fevereiro e 31 de março. O Banco do Brasil vai pagar o abono a servidores com direito ao Pasep entre 15 de fevereiro e 24 de março.

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Como o saque será feito em 2022, os trabalhadores receberão de R$ 101 a R$ 1.212, conforme a quantidade de meses trabalhados.

DIREITO

Tem direito ao abono antigo do PIS quem exerceu atividade remunerada formal em 2019 por pelo menos 30 dias, consecutivos ou não, e recebeu remuneração média mensal de até dois salários mínimos. Em 2019, o salário mínimo era R$ 998 e o abono é pago para quem recebeu, em média, até R$ 1.996 naquele ano.

Também é necessário que o trabalhador esteja cadastrado no programa PIS/Pasep ou no Cnis há pelo menos cinco anos. Para quem deveria ter sacado em 2021 o valor referente ao trabalho realizado em 2019, o primeiro emprego deve ter começado até 2014. É exigido ainda que o empregador tenha contribuído para o PIS ou Pasep e tenha informado corretamente os dados do funcionário na Rais (Relação Anual de Informações Sociais) ou no eSocial.

REPETIÇÃO

Segundo o ministério, historicamente, a média de trabalhadores que não sacaram o abono se repete a cada ano. No último calendário de pagamentos, foram identificados 22,2 milhões de trabalhadores com direito ao benefício. Cerca de 98,5% sacaram seus valores, num total de R$ 17,2 bilhões.

Os valores ficam disponíveis por no máximo cinco anos, contados a partir da data de encerramento do calendário de pagamento anual, sem considerar eventuais prorrogações, informou o ministério.

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