Tendo reportado um prejuízo líquido de R$ 115,2 milhões em 2021, até setembro, o Grupo Madero irá esperar por condições mais favoráveis de mercado para realizar sua oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês).
No início de agosto, a dona das cadeias de restaurantes Madero e Jeronimo havia feito pedido registro para uma oferta de ações junto à CVM (Comissão de Valores Mobiliários), buscando recursos para pagar dívidas e expandir os negócios.
"O Grupo Madero em seu plano estratégico, possui a meta de realizar um IPO assim que o mercado de capitais apresentar condições para a realização de uma operação nos parâmetros que a companhia entender adequados, o que, combinado com a retomada da normalidade das operações com consequente reflexo no Ebitda, impactará substancialmente na estrutura de capital da empresa", diz o grupo, no balanço de resultados divulgado nesta quinta-feira (18).
Ainda de acordo com a rede de restaurantes, o gerenciamento do endividamento tem sido feito por meio de parcerias com grandes instituições financeiras. "A administração considera que com as ações já tomadas e aquelas que estão em fase final de desfecho, darão à companhia as condições necessárias para honrar todos os compromissos assumidos nos próximos 12 meses."
A dívida líquida da companhia totalizou R$ 981,1 milhões em setembro de 2021, aumento de 80,5% na comparação anual, ocasionado pela necessidade de suportar as operações durante o repique da pandemia de coronavírus e pela estratégia de expansão do negócio.
"As restrições impostas ao setor de restaurantes estão mudando rapidamente e, mesmo que atualmente a maioria dos estados de atuação da companhia esteja em processo de liberação das restrições de forma gradual ou até total, como é o caso do estado de São Paulo, principal mercado do Grupo Madero, não podemos garantir que novos impactos adversos adicionais para o negócio não voltem a surgir", informa a empresa.
A rede destaca ainda que, com o avanço da campanha de vacinação, as restrições de circulação e de requisitos que geram impacto nas atividades de restaurantes apresentam certo nível de abrandamento, possibilitando melhora no fluxo de clientes, porém ainda não em ritmo totalmente normalizado.
Com sede no Paraná e 250 unidades pelo país, o Madero foi fundado em 2005 pelo empresário Luiz Durski Junior. Em março de 2020, Durski Junior se envolveu em uma polêmica após ter afirmado que as consequências econômicas do isolamento social seriam piores do que as mortes causadas pela Covid-19.
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