A Hapvida tem sofrido um dos maiores escândalos de saúde no país. Depois das inúmeras denúncias de que pressionava a equipe médica a prescrever aos pacientes os chamados kit-Covid, o resultado disso foi uma queda expressiva de suas ações.
Na manhã desta segunda-feira (4), o valor da ação da prestadora caiu de R$13,94 na última sexta para R$12,94, o que representa uma redução de 7% no período e o menor patamar já registrado desde novembro de 2020.
A empresa foi citada na CPI da Covid-19 com a denúncia de que os médicos seriam obrigados a receitar a hidroxicloroquina aos diagnosticados com a doença. Em nota, a Hapvida confirmou que praticava a prescrição, revelando ter acontecido uma “adesão relevante” ainda no início.
Segundo a instituição, apesar da adesão relevante, a prescrição nunca correspondeu à maior parte das restrições:
“Nas ocasiões em que o médico acreditava que a hidroxicloroquina poderia ter eficácia, sua definição ocorria sempre durante consulta, de comum acordo entre médico e paciente, que assinava termo de consentimento específico em cada caso. Ainda assim, há meses não se observa mais a prescrição dessa medicação nas nossas unidades”, afirmou.
DENÚNCIAS
Recentemente, o ex-médico de uma unidade em Fortaleza (CE), Felipe Peixoto Nobre, de 27 anos, denunciou que sofreu pressão por parte de um coordenador para que receitasse de maneira “compulsória” aos pacientes a hidroxicloroquina, um dos medicamentos sem eficácia comprovada contra o novo coronavírus. Essa denúncia está disponível em um extenso relatório da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
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