Ele chegou devagarinho, mas rapidamente se tornou um intruso que está a colocar em risco o ciclo natural da fauna de Fernando de Noronha (PE).
O peixe-leão, além de venenoso para seres humanos, pode causar prejuízos à diversidade marítima, e a sua crescente presença na região causa preocupações em especialistas.
As aparições estão sendo monitoradas pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), que está treinando os mergulhadores locais para recolher os animais, e estudando outras formas de contenção da reprodução.
O Pterois volitans, conhecido popularmente como peixe-leão, chegou às Américas (primeiro no Caribe), através da introdução humana acidental. Com capacidade de se adaptar em diversos locais, o peixe logo se multiplicou. Atualmente, possui uma população quase doze vezes maior do que em seu local de origem.
O peixe-leão pode atrapalhar o equilíbrio da biodiversidade noronhense. O principal risco é o de se alimentar de espécies endêmicas, ou seja, que só existem naquela região, causando o seu desaparecimento.
A pesca também poderia ser atingida pela proliferação dos peixes-leão, porque os intrusos se alimentam de pequenos peixes, que servem de alimento para peixes maiores.
Apesar de o recolhimento dos indivíduos encontrados ser encorajado, ele deve ser realizado apenas por profissionais treinados e com cautela. Os peixes possuem espinhos que injetam veneno, o qual possui uma toxina que em humanos pode causar náuseas, febre, vermelhidão e convulsões. Por essa razão, quem avistar um peixe-leão deve notificar os profissionais capacitados, de preferência informando o local e a profundidade onde o indivíduo foi encontrado, instrui o ICMBio.
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