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VACINAS SALVAM

Chile comemora reabertura após sucesso da vacina Sinovac

O Chile tem como carro chefe e sua campanha, a vacina Sinovac, idêntica à Coronavac).

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Imagem ilustrativa da notícia Chile comemora reabertura após sucesso da vacina Sinovac camera O Chile registrou a menor tava de testes positivos por covid. | Rafael Henrique/Zumapress

Com a campanha de vacinação contra a covid-19 avançando na América Latina, o Chile já tem bons resultados na batalha contra a pandemia. Essa melhora se dá pela forte queda nas infecções pelo vírus. Na quarta-feira (28), o país registrou o menor número de casos diários de covid-19 desde outubro do ano passado. Esse registro acontece dias após o Chile registrar a menor taxa de positividade nos testes de covid, realizados diariamente desde o início da pandemia.

"Acreditamos, hoje, que essa forte queda nos casos é fruto praticamente exclusivo da vacinação, porque isso não veio acompanhado de maiores restrições, mas sim do contrário. As restrições foram caindo, a vacinação foi aumentando e os casos foram diminuindo", afirma Ignacio Silva, médico infectologista e pesquisador da Universidade de Santiago do Chile.

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O Chile tem a vacina da Sinovac (idêntica à CoronaVac, mas importada diretamente da China) como carro-chefe de sua campanha. Até agora, mais de 63% dos chilenos foram vacinados completamente (com as duas doses) e mais de 72% já receberam pelo menos a primeira dose de imunizante, de acordo com dados da plataforma Our World in Data.

Entre os vacinados, a maior parte recebeu o imunizante da Sinovac, pesquisadores apontam que pelo menos 75% das injeções foram feitas com esta vacina. As vacinas da Pfizer, da AstraZeneca e de dose única da Cansino também são utilizadas no Chile, porém em menor quantidade.

No Brasil, a CoronaVac, envasada no Instituto Butantan a partir de insumos vindos da China e, portanto, uma espécie de irmã gêmea da Sinovac, chegou a ser criticada e menosprezada por Jair Bolsonaro e seus apoiadores. Em várias ocasiões, o presidente mentiu ao dizer que a vacina não tem comprovação científica.

Também se tornou comum encontrar em postos de vacinação quem prefira receber outro imunizante, como o da Pfizer.

"O desprestígio da eficácia que têm uma ou outra vacina, a meu ver, é um problema político e que não tem nenhuma sustentação científica", diz Gabriel Cavada, epidemiologista da Universidade do Chile.

"Todas as vacinas foram feitas para o mesmo fim: prevenir a gravidade das infecções e evitar contágios. E todas têm uma capacidade ao redor de 70% para prevenir contágios", Gabriel Cavada, epidemiologista da Universidade do Chile

Um estudo publicado em julho no New England Journal of Medicine apontou que a Sinovac teve 86% de eficácia na prevenção de mortes causadas pela covid-19 no Chile. A eficácia encontrada para a prevenção da infecção pelo vírus foi de 65,9%.

"Na prática, com o exemplo do Chile, vemos que, mesmo vacinando massivamente com a Sinovac, conseguimos diminuir o número de casos. Isso significa que, a nível comunitário, vacina ajuda a diminuir a circulação viral", diz o infectologista Silva.

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