A ex-deputada federal Manuela D'Ávila (PCdoB-RS), candidata a vice na chapa presidencial com Fernando Haddad (PT) em 2018, denunciou que "a violência política está cada vez mais intensa" não só contra ela, mas também contra seus familiares. As informações são da Revista Marie Claire.
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Manuela D'Ávila usou as redes sociais para relatar e denunciar as ameaças de estupro que a sua filha, Laura, de apenas 5 anos, recebeu. Em uma publicação, ela contou que também foi ameaçada de morte.
Ontem à noite, em um debate, me perguntaram se eu não sinto vontade de desistir. Sim, eu sinto. Todos os dias. Ao contrário do que muitos pensam, a violência política está cada vez mais intensa. O último mês foi muito agressivo e me impactou muitíssimo.
— Manuela (@ManuelaDavila) June 2, 2021
Segundo D'Ávila, "o último mês foi muito agressivo e me impactou muitíssimo. Um pai da escola de Laura (cuja identidade conhecemos o que torna tudo ainda mais cruel) tirou uma fotografia de Laura e a entregou para os grupos que distribuem ódio nas redes. A partir disso, todo o submundo da internet passou a usar a imagem dela para nos agredir".
A ex-deputada federal relembrou os anos de violência e lamentou a participação do pai de um aluno da escola em que a filha estuda, tirar uma foto e vazar em grupos de WhatsApp.
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"Como vocês sabem, quando laura ainda era um bebê de colo, foi agredida fisicamente em função de uma mentira distribuída amplamente na internet. De lá pra cá, muitas coisas aconteceram. Mas nenhuma jamais havia envolvido sua escola e algum pai de colega. Foi devastador lidar com isso. Ver a imagem sendo usada por toda essa gentalha que vive as nossas custas, diz que é político e só faz o mal foi uma violência imensa", relatou ela.
Manuela denunciou ainda, que "poucos dias depois chegaram as ameaças de estupro para ela (que tem cinco anos!!!) e nova ameaça de morte para mim". A polícia, segundo a ex-deputada federal, já acompanha o caso.
"O que é evidente que não diminui o medo, a tristeza, a culpa por ver as pessoas que mais amo submetidas a essa gente inescrupulosa. São anos vivendo assim. A gente mal toma ar de uma agressão e vem a próxima. Mas quando a gente respira a gente lembra que tem um mundo pra mudar. Que tem um genocida no governo. Que tem mãe enterrando filho e filho enterrando mãe. Que tem criança trabalhando. Se todos os dias tenho vontade de desistir, todos os dias me lembro das imensas razões que temos para continuar", finalizou.
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