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DENÚNCIA

Vacinas podem ter sido entregues com doses a menos

O caso está sendo investigado pela Anvisa e envolve fracos com Coronavac, do Instituto Butantan, e com Astrazeneca, da Fiocruz e Oxford. Os relatos foram feitos por governos, prefeituras e conselhos de secretarias de saúde de ao menos 15 Estados e do Distrito Federal.

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Imagem ilustrativa da notícia Vacinas podem ter sido entregues com doses a menos camera Reprodução

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) está investigando uma suspeita de que lotes da vacina contra a covid-19 Coronavac tenham sido entregues entre março e abril com quantidade menor à informada. A maioria das denúncias faz referência ao imunizante fornecido pelo Instituto Butantan, mas também há denúncias envolvendo a vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford, a AstraZeneca.

Os relatos foram feitos por governos, prefeituras e conselhos de secretarias de saúde de ao menos 15 Estados e do Distrito Federal. O Pará não registrou nenhum caso de vacinas com doses inferiores à informada pelas fabricantes.

O Instituto Butantan nega falhas no envasamento da vacina e atribui o problema à extração incorreta do conteúdo antes da aplicação.

De acordo com as denúncias, os lotes apresentam frascos com menos do que as 10 doses previstas, de 0,5 ml cada. Alguns municípios informaram ter recebido ampolas com material suficiente para apenas sete aplicações, o que acabou provocando a suspensão parcial de campanhas de vacinação.

Os possíveis motivos apontados por Estados são a autorização do uso de ampolas de 5,7 ml, em vez das de 6,2 ml, em março, diminuindo a quantia excedente de “segurança”, e a dificuldade de acesso a seringas de "alta performance", a fim de reduzir as perdas.

A Anvisa informou, por meio de nota, que observou um “aumento de queixas técnicas relacionadas à redução de volume nas ampolas”, o que está sendo investigado “com prioridade” pela área de fiscalização. O órgão também afirmou que “todas as hipóteses estão sendo avaliadas” e que a situação é considerada de “baixo risco”, “por não haver risco de óbito, de causar agravo permanente e nem temporário”.

Em nota, o Ministério da Saúde reiterou que orienta o registro no “formulário técnico quando não for possível aspirar o total de doses declaradas nos rótulos das vacinas”. “A análise dessas ocorrências será conduzida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)”, completou.

Além disso, uma nota técnica da pasta de fevereiro aponta que os frascos das vacinas produzidas tanto pelo Butantan quanto pela Fiocruz devem ter cerca de 5 ml, com recomendação de que cheguem a 5,3 ml, proporcionando uma margem de segurança e garantir a aplicação de 10 doses de 0,5 ml. “A mistura de vacina de frascos-ampola diferentes para completar uma dose é rigorosamente contra indicado, uma vez que as vacinas estão sujeitas à contaminação”, destaca.

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