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COVID-19

Variante de Sorocaba é resistente às vacinas, diz estudo

Nova cepa detectada pela primeira vez no Brasil tem comportamento parecido com a variante de Manaus, que é mais transmissível e predomina sobre as demais cepas já conhecidas

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Imagem ilustrativa da notícia Variante de Sorocaba é resistente às vacinas, diz estudo camera A descoberta foi descrita em um artigo científico publicado no site medRxiv, no último dia 4 | Reprodução

A mutação da linhagem sul-africana do novo coronavírus detectada em uma paciente de Sorocaba, em São Paulo, é capaz de enganar o sistema imunológico das pessoas infectadas e consegue ser resiste às vacinas já disponíveis.

O estudo foi realizado por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), coordenado pelo Instituto Butantan, confirmou que a nova cepa detectada pela primeira vez no Brasil tem comportamento parecido com a variante de Manaus, que é mais transmissível e predomina sobre as demais cepas já conhecidas.

A descoberta consta em um artigo científico publicado no site medRxiv, no último dia 4. O estudo utilizou amostras colhidas pela rede de vigilância genômica do vírus Sars-Cov-2 do Estado, que integra laboratórios públicos e privados.

De acordo com o pesquisadores da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, da USP, sequenciaram e geraram 217 genomas do vírus, a partir de coletas realizadas em Sorocaba, Araçatuba, Marília, Taubaté, Campinas e Ribeirão Preto, além de cidades da Grande São Paulo e da Baixada Santista.

Segundo os especialistas, 64,05% dos genomas pertencem à linhagem P.1 surgida no Estado do Amazonas e identificada no Japão, que ficou conhecida como variante brasileira de Manaus. Outros 25,34% eram das linhagens B.1.1.28, que provavelmente originaram a P.1. Já a variante inglesa da covid-19 apareceu em 5,99% das amostras.

A linhagem B.1.351 identificada em Sorocaba compartilha 15 mutações com a cepa sul-africana, mas não apresenta seis das mutações daquela cepa. No entanto, seu genoma apresenta nove mutações exclusivas.

Ainda segundo os pesquisadores, apesar da nova variante ter sido detectada em uma única amostra, o fato é preocupante por ela ter um comportamento muito parecido com o da P.1 (variante de Manaus), apresentando maior transmissibilidade e escape do sistema imune.

Para os cientistas, ainda é difícil estabelecer com precisão como a variante do vírus chegou a Sorocaba. A mulher de 34 anos que contraiu a variante não saiu da cidade, nem teve contato com estrangeiros. A hipótese é de que seja uma cepa importada, pois Sorocaba é uma área de indústrias com alto fluxo de pessoas.

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