Roberto Castello Branco, demitido por Jair Bolsonaro da presidência da Petrobras, revelou que irá se recusar a deixar o cargo. Castello fez o anúncio para uma jornalista da TV Globo nesta segunda-feira (22).
“O economista Roberto Castello Branco decidiu que não vai renunciar e ficará até o fim do mandato, dia 20 de março, no cargo. Havia muita dúvida se ele sairia ou não, mas acabo de apurar que ele fica”, escreveu a jornalista Míriam Leitão, do jornal O Globo, nas redes sociais.
Míriam afirma que a declaração foi dada em off - ou seja, foi obtida pela jornalista nos bastidores, sem confirmar com fontes oficiais -, embora ela mesma tenha revelado o caso.
A jornalista dá a entender que o ainda presidente da empresa procurou-a para informar o que fará sem que a notícia seja atribuída a ele.
A manhã desta segunda-feira é, talvez, a mais agitada na relação do governo Bolsonaro com o “mercado” e parece indicar um rompimento da elite do país com o governo bolsonarista.
Após a decisão de colocar um militar à frente da petrolífera, Bolsonaro viu as ações da empresa caírem vertiginosamente. Foram bilhões em perdas em apenas algumas horas.
O mercado financeiro entendeu que a atitude do presidente foi um rompimento com os princípios do neoliberalismo, conforme afirmou a agência estadunidense Bloomberg: “Bloomberg já aposta que a agenda neoliberal de Paulo Guedes será sacrificada por Bolsonaro”.
Vale lembrar que a atitude de Bolsonaro é a mesma feita por nomes como Hugo Chávez, que também colocou militares à frente da PDVSA durante seu governo. Maduro os mantém até hoje.
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