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PROTESTO

Grito dos Excluídos é marcado por críticas à ação de Bolsonaro na pandemia

Foram registrados atos presenciais e virtuais em todas as regiões do país

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Imagem ilustrativa da notícia Grito
dos Excluídos é marcado por críticas à ação de Bolsonaro na pandemia camera Em Belém, a concentração foi na Praça da República | Irene Almeida/Diário do Pará

Combate à miséria e à desigualdade social e críticas ao presidente Jair Bolsonaro dominaram as manifestações do Grito dos Excluídos em ao menos 15 estados nesta segunda-feira (7).

Sob o tema "Vida em primeiro lugar", foram registradas atividades presenciais e virtuais em todas as regiões do país nesta segunda, na 26ª edição do ato.

Em São Paulo, os movimentos populares se reuniram na praça Oswaldo Cruz, ao lado da avenida Paulista, com balões e cruzes simbolizando as mortes provocadas pela pandemia do novo coronavírus e gritos de "Fora, Bolsonaro".

O protesto reuniu cerca de 600 pessoas, segundo a CMP (Central de Movimentos Populares), que organiza e participa de atos do Grito dos Excluídos desde 1995. Segundo a central, a maior parte das atividades desta segunda ocorreu virtualmente, em lives, justamente devido à Covid-19.

"Foram poucas as cidades e locais com atos presenciais, mas surpreendentes. Esperávamos 150 pessoas em São Paulo, mas tivemos 600, com distanciamento. Além da crítica com balões e cruzes, foram feitas muitas críticas a como o presidente tem tratado a Covid-19 e a temas como emprego e moradia", disse o advogado Raimundo Bonfim, coordenador nacional da CMP.

Além do tema principal, o mote dos protestos foi "Queremos trabalho, terra, teto e participação". No estado, também ocorreram atos em Mogi das Cruzes, Campinas, Santo André, São Bernardo do Campo, Osasco, Jundiaí e Carapicuíba, entre outras localidades.

"O momento é muito difícil por conta do aumento da miséria social, ainda mais com um governo que debocha da questão da vida. Bolsonaro dialoga com a morte e nós dialogamos com a vida", disse. Além do presidente, o ato na capital teve como alvo das críticas o governador João Doria (PSDB).

A manifestação tradicionalmente ocorre de forma paralela aos desfiles cívico-militares do feriado do Dia da Independência desde sua primeira edição.

No Rio, faixas com frases contra a privatização da Cedae (Companhia Estadual de Água e Esgoto) e pedindo a saída de Bolsonaro e seu vice, Hamilton Mourão, foram estendidas pelos manifestantes.

Também houve protesto em frente ao hospital Rocha Faria, em Campo Grande, contra o prefeito Marcelo Crivella (Republicanos).

No Recife, os manifestantes também lembraram a morte do garoto Miguel Otávio de Santana, 5, que caiu do nono andar de um prédio na capital pernambucana, em junho.

O ato, com sindicatos e MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), começou no parque 13 de Maio e contou com caminhada por ruas do Recife.

Também no Nordeste, Aracaju teve caminhada na zona norte que incluiu na manifestação as mortes de jovens negros e a violência policial.

Já em Roraima, na região Norte, uma carreata percorreu o entorno da praça do Centro Cívico, em Boa Vista, pedindo a saída de garimpeiros de áreas do estado.

Além dos protestos com faixas e cartazes, manifestantes em todo o país participaram de celebrações religiosas, encontro com moradores de rua, distribuição de cestas de alimentos e materiais de higiene e plantio de árvores.

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