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REPERCUSSÃO NEGATIVA

Mulher que agrediu verbalmente fiscal no Rio é demitida 

Uma mulher que agrediu verbalmente e humilhou fiscais que tentavam conter aglomerações no Rio de Janeiro, no último sábado (4), foi demitida após a repercussão do vídeo exibido no Fantástico, no último domingo (5). Os fiscais estavam atuando em um área d

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Imagem ilustrativa da notícia Mulher que agrediu verbalmente fiscal no Rio é demitida  camera Reprodução

Uma mulher que agrediu verbalmente e humilhou fiscais que tentavam conter aglomerações no Rio de Janeiro, no último sábado (4), foi demitida após a repercussão do vídeo exibido no Fantástico, no último domingo (5).

Os fiscais estavam atuando em um área de bares e restaurantes na capital carioca, a fim de conscientizar a população sobre as medidas de prevenção contra o coronavírus na volta das atividades desses locais.

Além das aglomerações e a falta do uso de máscaras, os agentes que tentam separar as multidões estão sendo vítimas de ataques, humilhações e ameaças. Como foi o caso do casal flagrado intimidando um fiscal da Vigilância Sanitária.

No registro, os dois humilham Flávio Graça, um dos fiscais que trabalhavam no momento. “Não vai falar com seu chefe, não?”, questionou o homem. “A gente paga você, filho. O seu salário sai do meu bolso”, continuou a esposa dele. “Cadê sua trena? Quero saber como você mediu sem trena”, questionou o rapaz.

Intimidado, o fiscal responde: “Tá, cidadão”. E a mulher segue os insultos: “Cidadão, não. Engenheiro civil, formado. Melhor do que você”.

Com a repercussão do caso, internautas denunciaram a mulher para a empresa onde trabalhava. Na manhã desta segunda-feira (6), ela foi demitida por causa do episódio.

Em nota, a Taesa, empresa privada do setor de energia repudiou a atitude da mulher e afirmou que a mesma não fazia mais parte do quadro de funcionários.

“A TAESA tomou conhecimento do envolvimento de uma de suas empregadas em um caso de desrespeito às leis que visam reduzir o risco de contágio pelo novo coronavírus e compartilha a indignação da sociedade em relação a este lamentável episódio, sobretudo em um momento no qual o número de casos da doença segue em alta no Brasil e no mundo”, afirmou o comunicado.

“Cidadão não, engenheiro civil, melhor que você”, rebate mulher a fiscal; assista

Bares no Leblon têm aglomeração e deboche da pandemia

Currículo invejável

O fiscal que aparece sendo agredido e humilhado pela cliente no vídeo chamou a atenção dos internautas. Flávio, ao contrário da mulher que fez questão de afirmar que o marido é "engenheiro civil formado", preferiu não expôr o seu currículo durante a confusão.

O rapaz é Superintendente de Inovação, Pesquisa e Educação em Vigilância Sanitária, Fiscalização e Controle de Zoonoses da Prefeitura do Rio de Janeiro. Ele é formado em Medicina Veterinária pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e tem doutorado pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). Além disso, já atuou como coordenador de cursos de pós-graduação.

Em um desabafo, ele contou que as ofensas e xingamentos durante o trabalho são comuns. “As pessoas começaram a proferir palavras agressivas, xingamentos, palavras de baixo calão. Aí pegaram o celulares e colocaram apontando diretamente para o rosto dos fiscais, a cinco ou dez centímetros do rosto. Não era uma filmagem, era uma forma de agressão”, explicou.

“Qualquer xingamento contra a minha pessoa, contra a minha família ou uma tentativa de diminuir não me atinge, em nenhum momento, a minha integridade. É tão pequeno que não havia a necessidade de retrucar”, disse o fiscal.

O vídeo que teve repercussão nas redes sociais foi feito no momento em que ele advertiu um homem que o agredia verbalmente. “Aí eu falei: ‘Então você se contenha, cidadão’. Na hora que eu falei cidadão, as pessoas ficaram ofendidas. Ali eles demonstraram uma ignorância. Porque cidadão é tudo o que a gente esperava que eles fossem e eles não eram”, ressaltou o superintendente.

Além da aglomeração, os fiscais encontraram problemas relacionados à limpeza e venda de produtos fora da validade.

“Carnes fora da validade que estavam sendo vendidas. Aquelas pessoas que nos agrediram estavam consumindo carne vencida e pagando por isso”, finalizou Flávio Graça.

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