Uma nova rodada de pesquisa do DIÁRIO/DataPoder360 mostra que, pela segunda vez consecutiva, ocorreu o aumento na avaliação negativa do presidente Jair Bolsonaro. A rejeição ao trabalho do presidente está 3% acima da pesquisa realizada duas semanas atrás: passou de 44% para 47% os que avaliam o governo ruim ou péssimo. Ao mesmo tempo ficou estável o percentual de pessoas que avaliam o governo de maneira positiva. Entre os entrevistados, 28% avaliam como ótimo ou bom e 20% como regular.
A pesquisa perguntou também se os brasileiros aprovam ou desaprovam o governo Bolsonaro. Os números mostram que o cenário está polarizado. Metade dos brasileiros, 50%, desaprovam o trabalho do presidente, 41% aprovam e 9% não souberam responder. É especialmente interessante notar que 59% dos que avaliaram o governo como ‘regular’ na primeira pergunta escolheram aprovar o governo Bolsonaro. É um indicativo de que apesar da piora na avaliação, há pouco espaço para uma queda contínua da popularidade do presidente.
Como em rodadas anteriores, a popularidade do presidente é maior nas regiões Norte e Centro-Oeste, enquanto o Nordeste é a região onde Jair Bolsonaro é avaliado de maneira mais negativa. Na análise por segmentos de renda, a avaliação negativa do presidente é especialmente alta entre as pessoas que ganham de 2 a 5 salários mínimos e mais de 10 salários. Já as pessoas que estão desempregadas ou não têm renda fixa tendem a avaliar Bolsonaro de maneira mais positiva que a média da população.
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O ritmo de aumento no percentual de pessoas que dizem ter sido infectadas ou conhecer alguém que foi infectado pelo novo coronavírus diminuiu. Dos dias 8 a 10 de junho, 38% dos entrevistados afirmaram já ter sido infectados ou conhecer alguém que já foi infectado pelo vírus –o que representa um aumento de 3 pontos percentuais em relação a 15 dias atrás. É um aumento menor do que o registrado na última rodada da pesquisa DIÁRIO/ DataPoder360, quando esse mesmo número subiu 9% de 13 de maio a 27 de maio.
A pesquisa captou também um aumento relevante no percentual de pessoas que disseram ter saído de casa para trabalhar nas últimas duas semanas. Esse número saiu de 31% em 27 de maio para 37% agora. O percentual é especialmente alto entre os homens da região Centro-Oeste e pessoas com nível de instrução até o ensino médio.
RENDA
A percepção de impacto da crise do coronavírus sobre o emprego e renda dos brasileiros segue estável. Mais de 2/3 dos entrevistados (67%) afirmaram que a crise do coronavírus prejudicou seu emprego ou fonte de renda. Somente 28% afirmaram não ter sido afetados. Jovens de 16 a 24 anos e pessoas sem renda fixa continuam sendo as mais afetadas nesse quesito.
A maioria dos brasileiros (51%) acha que o melhor é que todos ainda permaneçam em casa neste momento da pandemia. Outros 42% acham que os jovens já podem voltar ao trabalho, desde que estejam usando máscaras. Na região Centro-Oeste, diferentemente do restante do Brasil, a maioria acha que os jovens já podem voltar ao trabalho. Entre os apoiadores do presidente, 82% das pessoas entrevistadas concordam com a tese de que pessoas fora do grupo de risco já deveriam estar trabalhando.
Nesta rodada, o DIÁRIO/DataPoder360 perguntou se as pessoas acham que Bolsonaro deve continuar como presidente ou se acham que ele deveria deixar o cargo. O país se mostra dividido: 43% dos entrevistados afirmam que Bolsonaro deve continuar sendo presidente do Brasil e 48% afirmam que ele deve deixar de ser presidente. Outros 9% não souberam responder ao questionamento.
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