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TECNOLOGIA 

Bancos virtuais ganham espaço entre os mais jovens

As inúmeras vantagens de não depender de agências físicas para quase nada, aliado à prática de menores e menos taxas, além da confiabilidade das gerações mais jovens nas tecnologias disponíveis na internet, indicam a crescente adesão aos bancos e cartões

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Imagem ilustrativa da notícia Bancos virtuais ganham espaço entre os mais jovens camera Os bancos virtuais funcionam 100% com uso de aplicativos. | Divulgação

As inúmeras vantagens de não depender de agências físicas para quase nada, aliado à prática de menores e menos taxas, além da confiabilidade das gerações mais jovens nas tecnologias disponíveis na internet, indicam a crescente adesão aos bancos e cartões virtuais como um futuro cada vez mais presente.

A servidora pública Andressa Calf, de 28 anos, passou um perrengue em sua penúltima viagem ao exterior. Correntista de uma instituição financeira tradicional há vários anos, ela ficou 30 dias fora do país com o cartão bloqueado, mesmo tendo feito de forma antecipada o aviso de uso externo. A experiência ruim a estimulou para a tentativa em um banco virtual, e até agora, a relação é de lua de mel - ela inclusive está na Europa durante o mês de julho e disse já ter usado o cartão de crédito em três continentes, sem qualquer tipo de dificuldade.

“Recomendo bastante. Nunca tive problemas. Faço tudo pelo aplicativo, aumento limite, desbloqueio. Se houver ponto negativo, é o fato de não existir a conta corrente, não ter programa de milhagens e o pagamento ser feito através de boleto. Só viajo com ele”, relata. Taxas quase zero e comunicação instantânea no celular de toda e qualquer operação são, para ela, as grandes vantagens - sem contar a ausência de filas para qualquer coisa. Ela alerta, no entanto, para os juros altos em situação de atrasos e/ou parcelamentos. “Se a pessoa tem um nome limpo e score alto, vale a pena”, confirma.

Andressa entra na estatística que confirma o estudo “A nova relação digital: uma história sobre finanças e o setor bancário”, da iProspect, apontando que 87% dos consumidores estão dispostos a testar tecnologias para serviços bancários na América Latina. A expectativa é de que esse nicho crie uma receita que pode chegar a US$ 34 bilhões.

A modelo Stefany Figueiredo perdeu, digamos, o medo do cartão de crédito na modalidade virtual. A facilidade e a possibilidade de maior controle acabaram convencendo-a de se tornar cliente. “Acompanho tudo pelo aplicativo em tempo real... Sem ter aquela preocupação da fatura do cartão fim do mês, e aquelas compras que nem lembramos que fizemos”, justifica ela, que não vê desvantagens no uso até agora. “Estão sempre procurando melhorar e oferecer serviços diferentes para sanar a necessidade de cada usuário, e isso eu valorizo muito”, reconhece.

Outra vantagem: os custos das tarifas. Enquanto os digitais não cobram taxa de manutenção, apenas em alguns saques, os tradicionais mantêm uma série de cobranças. Em uma análise feita pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), quando analisadas as tarifas avulsas, entre os 20 principais serviços mais utilizados pelos consumidores, também demonstra-se aumentos acima do esperado. Com exceção de uma determinada instituição, que reajustou sete tarifas (35% do total) acima da inflação, todos os bancos tiveram mais da metade dos seus serviços reajustados acima da inflação. Foram encontrados 50 serviços com reajustes entre 10% e 89%.

Por outro lado, com base nas informações disponíveis no site Reclame Aqui, entre as avaliações dos bancos virtuais e dos tradicionais, o volume de reclamações dos digitais é proporcionalmente maior do que os demais, levando em consideração o tamanho e o histórico da carteira de clientes: 7,7% contra 7,3%

A engenheira florestal Wanessa Amorim, 29, ainda não teve a experiência de usar o cartão virtual fora do Brasil, mas já aprova o melhor suporte e melhor rendimento da poupança oferecidos, além da isenção de taxas de transferência e de emissão de boleto. Ela tem contas em outros dois bancos tradicionais. “O app do banco virtual tem mais opções de solicitações rápidas e melhor suporte. Recomendo para quem não tem muito tempo de ir em agência, e também investigar o risco de investimento”, avalia. O ponto negativo é para ela, a taxa de R$ 6,50 para saque.

Dicas aos consumidores

Avalie com regularidade sua movimentação financeira e veja quais serviços você mais usa;

Se pergunte qual sua familiaridade com plataformas virtuais;

Verifique a disponibilidade do acesso à internet na região onde mora;

Procure saber as reclamações sobre o banco que você pretende contratar;

Compare os preços dos serviços e avalie os benefícios oferecidos em cada um;

Confira a cobertura de serviços e contratos disponíveis com informações claras e objetivas sobre a sua contratação.

Fonte: Idec

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