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TESOURO PARAENSE

Açaí movimenta  R$ 3 bilhões para a economia do Pará

Com maior produção verticalizada e pesquisas, o açaí que CONSUMIMOS ganha mais qualidade e novos mercados todos os anos. o fruto movimenta R$ 3 bilhões para a economia paraense

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Imagem ilustrativa da notícia Açaí movimenta  R$ 3 bilhões para a economia do Pará camera Reprodução

O açaí é o fruto que melhor descreve a alimentação do povo paraense e atualmente tem sido visto como um tesouro também pelos mercados nacional e internacional, que disputam cada palmo do fruto amazônico plantado no Pará e estimulam cada vez mais produtores de nosso estado. Os investimentos em tecnologia, biogenética, manejo e a cooperação entre todos da cadeia produtiva com instituições públicas deixam esperançosos a todos no setor.

O fruto movimenta R$ 3,15 bilhões na economia paraense. O Pará é o maior produtor de açaí no planeta com cerca de 1,5 milhão de toneladas anuais e por isso é avaliado de forma independente da cadeia da fruticultura. É Fundamental na economia de diversas regiões do estado, principalmente as do Tocantins, Marajó, Guamá e Rio Capim. São cerca de 200 mil hectares de açaí manejados e, destes, aproximadamente 10 mil estão em terra firme, com produtividade aproximada de 8 toneladas por hectare.

A cada ano, o desenvolvimento de técnicas que possibilitem a produção de açaí na entressafra cresce exponencialmente. Atualmente equipes da Embrapa, juntamente com produtores, trabalham na elaboração do plantio do fruto em terra firme, algo impensável há alguns anos atrás. As produções crescem na tentativa de acompanhar a demanda cada vez maior. No Brasil, estados como Rio de Janeiro, Santa Catarina, São Paulo e Paraná compram toneladas de açaí todos os meses. No mundo, países como Estados Unidos, China e Emirados Arábes disputam cada palmo das exportações paraenses.

Destaque

A Palamaz está no mercado de Açaí desde 2002. A empresa criada por Francisco de Jesus atualmente tem capacidade de produção de 100 toneladas de açaí diariamente, destinadas para abastecer diversos estados brasileiros, principalmente Rio de Janeiro e São Paulo, que compram o açaí pronto e congelado. Recentemente a empresa paraense, sediada no bairro do Guamá, começou a exportar o fruto em forma do chamado frozen.

“Eu sou de Abaetetuba. Comecei sendo batedor artesanal lá pra garantir a renda extra. Depois Fiz concurso para o Banco da Amazônia, mas sempre com o sonho de continuar com o açaí. Hoje eu criei duas empresas, a Palamaz e a Belamazon, dedicada pra exportação. Já exportamos pra Dubai, EUA, e negociamos também com a China. Nós chegamos a vender de 500 a 600 toneladas por mês e a tendência é só aumentar”, conta Francisco de Jesus, que largou uma carreira como servidor do Banco da Amazônia para se dedicar ao sonho do açaí.

A intenção é abrir mais fábricas da Palamaz, talvez em Abaetetuba nesse próximo ano. “O que eu vejo no açaí é que é uma cultura tipicamente familiar e um excelente meio de distribuição de renda principalmente pro povo do interior. Trabalhamos com muitas famílias que garantem a renda assim. A gente está tentando se solidificar mais no mercado nacional e prospetando o mercado internacional”, conta.

Açaí movimenta  R$ 3 bilhões para a economia do Pará
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