Remo está entre os clubes mais valiosos do Brasil; veja o ranking

O futebol brasileiro vive um momento de transformação estrutural e financeira, impulsionado pela modernização dos clubes e pelo avanço do modelo de SAFs. Nesse cenário de crescente profissionalização, o Clube do Remo conquistou um feito inédito: pela primeira vez, aparece entre os 30 clubes mais valiosos do país, segundo o relatório Valuation dos Clubes Brasileiros 2025, elaborado pela Sports Value, referência nacional em marketing esportivo.

O estudo posiciona o Leão Azul na 26ª colocação, com um valuation de R$ 300 milhões, o maior valor econômico da história do clube. O crescimento impressiona — o Remo teve uma elevação de 328% no seu valor total entre 2020 e 2025, aparecendo como o quarto clube que mais cresceu no Brasil no período, atrás apenas de Botafogo SAF, Red Bull Bragantino e Juventude. Os azulinos agora fazem parte do clube mais valioso da região Norte.

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A metodologia utilizada pela consultoria considera inúmeros fatores para chegar ao valor final de cada clube, sempre com as informações financeiras mais atuais de mais de 60 clubes. São considerados todos os ativos dos clubes, sendo circulantes como dinheiro no caixa e bancos, aplicações financeiras e valores a receber. E também os ativos imobilizados, como estádio, centro de treinamento e edificações em geral.

Há ainda a avaliação da marca, que considera 20 diferentes variáveis para a formação de valor, divididas em três grandes grupos: potencial de mercado, potencial esportivo e as receitas oriundas da marca. Pela metodologia, nenhuma variável isoladamente afeta o resultado da avaliação. As variáveis são complementares para a formação do valor final.

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Inclui ainda o valor do plantel do time profissional, com a avaliação dos jogadores dos times. Há ainda os investimentos nas categorias de base dos clubes. Finalmente, os ativos esportivos vinculados aos registros dos clubes em suas Federações Estaduais e CBF. Este registro tem um alto valor, já que é inerente às atividades dos clubes. Todo clube tem direito às receitas de transmissão dos campeonatos que participa.

Logo, o desempenho financeiro também chama atenção: o clube encerrou 2024 com R$ 38 milhões em receitas, R$ 31 milhões em custos de futebol e ativos totais de R$ 167 milhões, enquanto as dívidas operacionais foram reduzidas a apenas R$ 15 milhões — uma das menores entre os 30 primeiros colocados.

Com esse perfil, o Remo aparece entre os clubes mais equilibrados do país, o que elevou o valuation líquido (descontado das dívidas operacionais) para R$ 285 milhões.

Marca valorizada

Além do avanço no ranking nacional, o Remo registrou um salto importante no valor da marca. De acordo com o relatório, o brand valuation azulino atingiu R$ 17 milhões, alta de 138% em apenas um ano, e recuperou o patamar mais alto já registrado pela consultoria. Se levar em consideração os últimos 5 anos, o desempenho é ainda mais impressionante, em que a marca azulina valorizou 316%, saindo de R$ 4 milhões em 2020 para R$ 17 milhões em 2025.

Para fazer essa valoração da marca azulina, o levantamento analisou os seguintes pontos:

• Potencial do mercado consumidor: É analisada cada variável de potencial de consumo da marca. Índices econômicos como potencial de consumo, tamanho de torcida, distribuição geográfica, público nos jogos, audiências e engajamento no digital.
• Potencial esportivo: Quanto mais o clube investir no futebol, maior a chance de a marca se valorizar. Análise de quanto investe em jogadores e departamento de futebol. Time principal, categorias de base, contratações, salários de jogadores e comissão técnica.
• Receitas oriundas da marca: É o aproveitamento real das receitas oriundas da marca. Quanto cada clube conseguiu criar de receitas concretas, graças à força da marca, patrocínios, licenciamento, estádio, sócios e TV.

Acesso à Série A pode multiplicar o valor econômico

Apesar dos avanços já registrados, o relatório indica que o Remo ainda possui grande espaço para crescimento — sobretudo na valorização da marca, que representa apenas 6% do valuation total, percentual considerado baixo em comparação com clubes de mercados semelhantes.

E é justamente nesse ponto que entra um divisor de águas: o acesso à elite do futebol brasileiro em 2025. Historicamente, clubes que sobem para a Série A experimentam, no curto prazo, aumentos significativos de:

• receitas de televisão e premiações;
• visibilidade nacional e regional;
• engajamento digital;
• valor de mercado do elenco;
• potencial de patrocínios;
• capacidade de ativação da marca;
• arrecadação com bilheteria e matchday.

Para um clube que já possui crescimento exponencial, dívida controlada e forte presença regional, a chegada à Série A funciona como um acelerador natural de valorização.

Especialistas apontam que um clube com o perfil econômico do Remo pode ver seu valuation crescer entre 40% e 70% no primeiro ano de participação na elite — dependendo de performance esportiva, reforços estruturais e estratégias de marketing.

Além disso, o novo patamar aumenta exponencialmente o poder de barganha do clube em negociações comerciais e no mercado de atletas, elevando também os ativos intangíveis, como o valor do elenco e do departamento de futebol.

O momento mais promissor do Remo no século

Com estabilidade administrativa, aumento de receitas, endividamento sob controle e um dos maiores crescimentos percentuais do Brasil, o Remo chegará a 2026 vivendo um momento raro: é economicamente robusto, competitivo em campo e está às portas de explorar um mercado infinitamente maior com o acesso à Série A.

Se mantiver o ritmo atual e transformar o bom momento esportivo em estratégias de expansão da marca, o Leão Azul tem potenciais reais de:

• ultrapassar a casa dos R$ 400 milhões de valuation já em 2026;
• dobrar o valor da marca;
• consolidar-se como líder econômico da Região Norte;
• ingressar em definitivo no grupo dos clubes médios do futebol brasileiro.

A combinação de gestão, crescimento financeiro e visibilidade nacional coloca o Remo diante de um dos anos mais importantes de sua história moderna. E, pela primeira vez em décadas, o clube chega à elite não apenas como participante — mas como um ativo em plena ascensão, pronto para crescer ainda mais.

Confira o ranking dos 30 clubes mais valiosos do Brasil:

• 1. Flamengo – R$ 5,096 bi
• 2. Palmeiras – R$ 4,395 bi
• 3. Corinthians – R$ 3,971 bi
• 4. Atlético-MG SAF – R$ 3,373 bi
• 5. São Paulo – R$ 3,244 bi
• 6. Botafogo SAF – R$ 3,047 bi
• 7. Cruzeiro SAF – R$ 2,831 bi
• 8. Internacional – R$ 2,590 bi
• 9. Athletico-PR – R$ 2,100 bi
• 10. Fluminense – R$ 2,085 bi
• 11. Grêmio – R$ 1,835 bi
• 12. Bahia SAF – R$ 1,783 bi
• 13. Red Bull Bragantino – R$ 1,719 bi
• 14. Vasco da Gama SAF – R$ 1,523 bi
• 15. Santos – R$ 1,357 bi
• 16. Vitória – R$ 826 mi
• 17. Fortaleza SAF – R$ 789 mi
• 18. Sport – R$ 789 mi
• 19. Atlético-GO – R$ 433 mi
• 20. Juventude – R$ 431 mi
• 21. América-MG SAF – R$ 413 mi
• 22. Ceará – R$ 410 mi
• 23. Cuiabá SAF – R$ 364 mi
• 24. Coritiba SAF – R$ 362 mi
• 25. Criciúma – R$ 302 mi
• 26. Remo – R$ 300 mi
• 27. Guarani – R$ 278 mi
• 28. Goiás – R$ 260 mi
• 29. Santa Cruz – R$ 243 mi
• 30. Ponte Preta – R$ 216 mi