Há dias no futebol em que o clima parece carregar mais do que simples expectativa esportiva. Em momentos decisivos, cada detalhe ganha peso de sentença. E é justamente sob essa atmosfera densa, típica de fim de temporada, que o Clube do Remo se prepara para um jogo que pode definir o futuro do clube em 2026 com o possível retorno à elite do Campeonato Brasileiro.
Nesta sexta-feira (21), a CBF confirmou o paulista Raphael Claus como árbitro da partida entre Remo e Goiás, confronto que encerra a campanha azulina na Série B. O Leão Azul chega com 59 pontos, em 6º lugar, empatado com a Chapecoense e apenas dois pontos atrás de Goiás e Criciúma, ambos no G-4. Mesmo após a derrota por 3 a 1 para o Avaí, o Leão ainda depende apenas de uma combinação: vencer os goianos e torcer por tropeços dos catarinenses para sonhar com o retorno à elite.
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A escolha de Claus, no entanto, não passou despercebida pela torcida azulina - e por bons motivos. O árbitro é lembrado até hoje por sua atuação na partida entre Remo e Confiança, em 2021, quando anulou um gol de Neto Pessoa considerado legal pelos remistas. A decisão foi crucial para o rebaixamento do Leão à Série C naquele ano.
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ANULAÇÃO POLÊMICA
Aquela tarde/noite no Baenão parecia construída para festa: bastava uma vitória simples sobre um Confiança já rebaixado para garantir a permanência na Série B. Porém, o roteiro tomou outro rumo. Logo no início do segundo tempo, Neto Pessoa marcou em posição legal, mas Claus enxergou um toque de mão inexistente. Mesmo após revisão no VAR, o gol foi anulado. Uma decisão que gerou revolta imediata.
Para piorar, naquele mesmo dia, o Londrina venceu o Vasco por 3 a 0 e ultrapassou o Leão, que terminou em 17º lugar, com 42 pontos, selando o rebaixamento para a Série C.
ÁRBITRO APITOU FINAL DO PARAZÃO
Claus também esteve em campo na final do Campeonato Paraense em que o Remo perdeu por 3 a 1 para o Paysandu. Ainda assim, o Leão conquistou o título estadual por ter construído vantagem de 3 a 0 no Baenão.
Agora, com a memória dessas partidas ainda viva entre os torcedores, a presença do árbitro volta a carregar simbolismo. Para o Remo, a missão está clara: vencer e esperar. Para Raphael Claus, a expectativa é que seu nome não volte ao centro das atenções, pelo menos não pelos mesmos motivos.
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