
Novo executivo de futebol do Clube do Remo, Marcos Braz iniciou a trajetória no Leão com os olhos atentos a um dos maiores obstáculos enfrentados por clubes da Região Norte: a logística.
Em uma competição extensa como a Série B do Campeonato Brasileiro, as longas distâncias percorridas para cada partida se tornam um fator determinante e, muitas vezes, cruel para o desempenho em campo.
"Tenho uma preocupação com a logística devido à geografia, mas vamos buscar o sonho de voltar à elite do futebol brasileiro", afirmou Braz na apresentação oficial.
A declaração escancara um problema antigo, mas ainda pouco debatido com a seriedade necessária no cenário esportivo nacional. Para os clubes do Norte, cada rodada fora de casa representa mais do que um jogo: é uma batalha contra o tempo e o desgaste.
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Desgaste físico e mental
As equipes do Norte, como Remo e Paysandu, costumam encarar verdadeiras maratonas para disputar jogos fora de casa. São horas de voos, conexões em diferentes cidades e uma rotina exaustiva que impacta diretamente na preparação, recuperação e no rendimento dos atletas.
Além do cansaço físico, o estresse emocional causado por deslocamentos constantes também entra em campo, muitas vezes de forma invisível aos olhos do torcedor. Essa realidade se soma à pressão por resultados em uma competição que exige equilíbrio, estratégia e, sobretudo, fôlego.
"É uma situação que precisa entregar resultados rápidos, porque, se não, não é compreendido o que você está fazendo. Mas tenho facilidade com pressões, as relações que construí no futebol. Acho que vou poder ajudar e muito o Remo nesse fim de temporada", completou o executivo.

O desafio de um calendário desigual
Enquanto clubes do eixo Sul-Sudeste enfrentam viagens consideravelmente mais curtas, com mais opções de voos e logística estruturada, Remo e outros times da Região Norte vivem um cenário de desigualdade geográfica.
Isso interfere não só no desempenho esportivo, mas também na estrutura de planejamento de temporada, no orçamento e na gestão física do elenco. A presença de um dirigente experiente como Marcos Braz, que acumulou passagens pelo Flamengo e conquistou títulos importantes, pode representar um avanço no enfrentamento dessas dificuldades.
Sonho de acesso:
Mesmo ciente do cenário adverso, Braz mantém o foco no objetivo traçado: recolocar o Remo na elite do futebol brasileiro. Para isso, será preciso mais do que bons nomes no elenco ou trocas pontuais de técnico.
Será necessário resistência, inteligência emocional e um trabalho de bastidores que minimize os danos provocados por uma geografia que, neste caso, mais atrapalha do que ajuda.
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