Apesar de não ter sido ainda oficialmente apresentado, o novo executivo de futebol do Paysandu, Marcelo Sant’ana, já iniciou sua rotina no clube e deve acompanhar de perto, nesta quarta-feira (19), o duelo entre Paysandu e América-MG pela Copa do Brasil Sub-20. A presença do dirigente marca o começo da montagem do elenco profissional para a temporada de 2026.
Com o rebaixamento à Série C e a consequente queda na arrecadação, o clube trabalha com um orçamento reduzido para o próximo ciclo, que promete fortes restrições financeiras e importantes mudanças internas no Papão. Para aliviar as contas, o Paysandu também solicitou antecipação de verbas à Confederação Brasileira de Futebol (CBF), movimento que reforça o cenário de cautela na projeção do elenco.
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Diante das limitações, a tendência é que o clube utilize com mais intensidade jogadores formados nas categorias de base. A própria diretoria entende que manter um elenco competitivo exigirá um equilíbrio entre contratações pontuais e o aproveitamento dos talentos já existentes no sub-20. O Papão chegou a inscrever alguns jovens na Série B deste ano, mas utilizou poucos deles.
Entre os nomes que podem ganhar espaço em 2026 estão:
- Lucca Carvalho (Lucão) — zagueiro, destaque pela imposição física e regularidade;
- Pedro Henrique — volante, já observado pela comissão técnica anterior e considerado preparado para transição ao profissional.
A avaliação desses atletas no torneio sub-20 será peça-chave na estratégia de Sant’ana para reforçar a equipe gastando menos.
Herdeiros da crise: dívida pesada e contratos rompidos
Uma das dificuldades imediatas da nova gestão é a herança deixada pelo mandato do ex-presidente Roger Aguilera. O clube acumula dívidas significativas com jogadores contratados durante sua administração, que o Paysandu considera desastrosa. Muitos desses contratos já foram rompidos; outros ainda precisam ser rescindidos.
A área de futebol, agora comandada pelo ex-presidente Alberto Maia e sua equipe, trabalha com a orientação de evitar gastos desnecessários e buscar soluções sustentáveis. Isso inclui reduzir a “importação” de reforços e priorizar atletas já inseridos no ecossistema bicolor. A presença de Marcelo Sant’ana em jogos da base indica que o clube pretende adotar um modelo mais planejado e menos reativo.
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