Paysandu sofre derrota em casa e deixa Coritiba a 1 ponto do acesso

A noite de domingo (9) na Curuzu, praticamente vazia, foi marcada por frustração para o Paysandu. Em confronto válido pela 36ª rodada da Série B, o Papão sofreu mais uma derrota, desta vez diante do Coritiba, por 2 a 1, e viu mais um capítulo amargo da sua péssima campanha na competição. Apesar de alguns momentos de pressão, o time bicolor não conseguiu superar a atuação do adversário e a própria desmotivação.

Dellatorre e Iury Castilho marcaram os gols do Coritiba ainda no primeiro tempo, mostrando eficiência nas finalizações, enquanto Quintana conseguiu descontar para o Paysandu na etapa final, dando um breve alento aos torcedores. Para o Papão, que já estava rebaixado com 27 pontos, o resultado apenas consolidou a situação delicada, enquanto o Coxa, com 64 pontos, praticamente confirmou seu acesso à Série A, além de ter encaminhado o título da competição.

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PRIMEIRO TEMPO

A noite começou com emoção e respeito na Curuzu. Antes da bola rolar, o estádio silenciou em homenagem às vítimas do tornado que atingiu o interior do Paraná, na última sexta-feira (7). Logo depois, o árbitro autorizou o início da partida e, a partir daí, o Coritiba mostrou rapidamente que não havia viajado a Belém apenas para se defender.

O primeiro lance perigoso veio logo no minuto inicial, quando Iury Castilho foi derrubado na entrada da área. Josué cobrou a falta, mas a barreira bicolor desviou. Pouco depois, o Coxa voltou a ameaçar em nova bola parada, mantendo o controle das ações nos minutos iniciais. Aos 6, a pressão se transformou em gol: Dellatorre aproveitou rebote da defesa e finalizou com precisão, abrindo o placar para o time paranaense.

FIEL VIBRA COM GOL DO COXA

A cena inusitada ficou por conta de parte da torcida do Paysandu, que comemorou o gol do Coritiba - uma provocação velada ao arquirrival Remo, que briga pelo acesso na Série B. Em campo, o Papão tentou reagir, mas esbarrou na sólida defesa alviverde. Nicola e Reverson até tentaram criar algo pelo lado esquerdo, mas as jogadas paravam na zaga adversária.

Aos 16 minutos, o jogo parou após um susto: o goleiro Matheus Nogueira se chocou com Dellatorre e precisou de atendimento médico. O atleta, imobilizado, foi retirado de ambulância e levado ao Hospital Porto Dias, gerando apreensão nas arquibancadas. Gabriel Mesquita entrou em seu lugar, e o Paysandu manteve o direito de cinco substituições por se tratar de protocolo de concussão.

MARASMO E SEGUNDO GOL DO COXA

Depois da longa paralisação, o ritmo caiu. O Coritiba passou a tocar a bola com calma, controlando o meio de campo, enquanto o Paysandu demonstrava dificuldade em criar jogadas ofensivas. Marcelinho arriscou de fora da área, mas mandou longe do gol. Já o Coxa, mais eficiente, voltou a marcar aos 40 minutos: Walisson fez belo passe vertical para Dellatorre, que serviu Iury Castilho. O atacante finalizou com categoria, ampliando para 2 a 0.

Nos minutos finais, o Paysandu ainda tentou diminuir o prejuízo. Clayson e Luccão buscaram o ataque, mas o goleiro Pedro Morisco garantiu a vantagem do Coritiba ao defender cruzamentos e chutes perigosos. O árbitro acrescentou oito minutos, por conta da paralisação médica, e ainda mostrou cartão amarelo para Pedro Henrique após falta em Josué.

SEGUNDO TEMPO

O Coritiba iniciou o segundo tempo tentando manter o controle da partida, enquanto o Paysandu buscava reagir. Logo no primeiro minuto, o Coxa chegou com perigo: Sebastián Gómez avançou pela esquerda, cruzou rasteiro para Iury Castilho, que finalizou por cima, desperdiçando ótima oportunidade. Pouco depois, o colombiano tentou novo lance pela ponta, mas o cruzamento saiu forte demais e se perdeu pela linha de fundo.

Aos cinco minutos, o Paysandu tentou responder. Marlon inverteu o jogo para Marcelinho, que conduziu pelo meio e arriscou o chute — Jacy bloqueou com o peito e afastou o perigo. O mesmo Marcelinho quase marcou aos sete, quando invadiu a área em velocidade, mas finalizou mal, mandando longe do gol.

O Coritiba fez a primeira troca aos nove minutos, com Carlos de Pena entrando no lugar de Clayson. Pouco depois, o técnico do Papão promoveu alterações: Wendel Júnior e Matheus Capixaba entraram nas vagas de Denilson e Lucca Carvalho. Mesmo com as mudanças, o jogo perdeu intensidade e o Paysandu não conseguiu criar jogadas de real perigo, enquanto o Coxa administrava o resultado.

PAPÃO FAZ O GOL DE HONRA

Josué recebeu cartão amarelo aos 18 minutos por falta no meio-campo. Mas o momento de esperança do Papão veio aos 20: após cobrança curta de escanteio, Marlon tocou para Marcelinho, que cruzou na área; Quintana subiu bem e cabeceou para o fundo das redes, diminuindo o placar e incendiando a torcida.

O técnico bicolor tentou dar novo fôlego à equipe e colocou Carlos Eduardo no lugar de Gustavo Nicola. O Paysandu ainda ensaiou uma jogada ensaiada com Quintana, mas a zaga do Coritiba conseguiu o corte. O time paranaense respondeu com mais substituições — Everaldo e Vini Paulista entraram nas vagas de Dellatorre e Josué.

De Pena levantou bola perigosa na área em cobrança de escanteio, mas a defesa do Papão mostrou firmeza e afastou o perigo em duas tentativas seguidas. Marcelinho tentou levar o Paysandu ao empate com um chute cruzado pela direita, mas a bola saiu pela linha de fundo, raspando a trave.

Aos 32 minutos, Marlon Douglas foi punido com cartão amarelo por falta em Alex Silva. O Coritiba fez mais duas trocas: Machado e Gustavo Coutinho entraram em campo para dar novo gás à equipe. Coutinho ainda tentou uma jogada individual pela esquerda, mas foi travado pela marcação.

Nos minutos finais, o Coxa tentou segurar a posse de bola. De Pena cruzou na área, mas o goleiro Gabriel Mesquita se antecipou e defendeu com segurança. O técnico do Papão realizou suas últimas alterações, colocando Vinni Faria e Kauã Hinkel nos lugares de Marlon Douglas e Marcelinho.

Aos 45 minutos, o árbitro sinalizou três minutos de acréscimos. O Paysandu insistiu, mas o Coritiba se fechou bem e segurou o resultado até o apito final. O jogo terminou com o placar mantido, em um segundo tempo de muita entrega e poucas chances claras.