
O Paysandu perdeu por 3 a 2 para o Clube do Remo em um clássico eletrizante, sofrendo o gol da derrota nos acréscimos, na noite da última terça-feira, 14, no Mangueirão. Mesmo após buscar o empate e criar chances claras de virar o jogo, o Papão viu mais uma derrota dolorosa chegar e segue na lanterna da Série B.
Conteúdo Relacionado:
- Márcio chora, pede reação, mas vê Paysandu afundar na Série B
- Remo vence Re-Pa eletrizante, afunda o Paysandu e cola de vez no G-4
- Paysandu vai precisar de combinação de resultados para escapar da queda
Apesar do momento negativo, 18.609 torcedores compareceram ao Mangueirão, mostrando apoio incondicional ao clube. O presidente Roger Aguilera reconheceu o esforço dos jogadores e lamentou as falhas na finalização.
"Isso já vem acontecendo em vários jogos, mas hoje castiga mais porque é um clássico. Mais posse de bola, finalização, mas na hora colocar a bola para dentro, estamos pecando. Agradecer ao torcedor pela presença. Jogo em que muitos já haviam jogado a toalha, a torcida veio e lotou. O resultado que está na tabela não é pelo jogo de hoje", destacou.
O Paysandu não consegue mais chegar aos 45 pontos, mas as chances matemáticas existem. O mandatário lembrou que o Papão ainda tem seis jogos pela frente e que é preciso lutar até o fim, mas revelou que já começou a pensar na temporada de 2026.
"Enfim, ainda temos seis jogos pela frente. Lutar até o fim e repensar algumas coisas. Vamos continuar brigando. Ainda tem possibilidade. É difícil, mas temos que brigar jogo a jogo. E começar o planejamento para a temporada de 2026. Não pode perder tempo. O futebol é muito dinâmico"
O presidente também falou sobre os problemas financeiros que a instituição vem enfrentando e o elenco reduzido no início da temporada, fatores que complicaram ainda mais a campanha do Papão. Aguilera comentou sobre a dor do torcedor e disse partilhar do sentimento.
"Este ano tivemos um elenco reduzido no começo. Pecamos. Tivemos problemas financeiros também, que agravaram. Quando em campo não acontece, piora mais. É aceitar. A torcida está com uma dor grande. A dor deles, eu estou sentindo também", pontuou.
Roger reforçou que o objetivo é reorganizar o clube para colocar o Paysandu no lugar que merece, tanto no futebol quanto financeiramente, e prometeu transparência sobre os gastos do ano.
"A gente precisa organizar a parte financeira do clube agora para planejar com tranquilidade o ano de 2026. As contas chegam, temos compromissos. Todo mundo fala em arrecadação, mas o custo operacional do clube é maior. Vamos soltar um balanço e mostrar o que foi gasto. Foi um ano ruim. No futebol perdemos várias receitas por culpa do desempenho. É aceitar e colocar o Paysandu onde ele merece", finalizou.
O Papão enfrenta uma situação quase irreversível na Série B, com 99,61% de chances de rebaixamento, segundo dados do Departamento de Matemática da UFMG. Ainda assim, o presidente acredita que o trabalho sério e a união podem reverter o quadro no futuro.
Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. Acesse: dol.com.br/n/828815.
Comentar