
Considerada a melhor novela já realizada, a "Vale Tudo" original parou o Brasil em 1989 com a pergunta que virou um clássico: "Quem matou Odete Roitman?". Assim, quando a Globo anunciou a produção do remake, 35 anos depois, o desfecho, com a cena da morte da icônica personagem, que foi ao ar na última segunda-feira (6), já era conhecido e, claro, aguardado com muita ansiedade por todo noveleiro. Algo que parece ter inspirado o Paysandu na disputa da Série B do Brasileiro. Afinal, o time é frequentador assíduo da zona de rebaixamento desta edição, não estando no Z4 em apenas três das 31 rodadas disputadas até aqui. Além disso, esteve na lanterna por 14 vezes. Ou seja, ir para a terceira divisão é um roteiro totalmente previsível.
Neste momento, várias teorias estão sendo lançadas pelo público sobre quem é o (a) assassino (a) de Odete, revelação que virá em breve na TV. E é exatamente este o sentimento do torcedor bicolor, que, angustiado, espera para ver quem será o responsável por fechar o caixão do time na competição nacional. Suspeitos que fazem as vezes de Tia Celina, Heleninha, Marco Aurélio, Maria de Fátima e César Ribeiro não faltam na versão esportiva do drama.
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OS SUSPEITOS
A começar pelo arquirrival, Remo, na partida de terça (14). Eles podem não estar lutando pelo controle da TCA, como os inimigos Odete e Marco Aurélio, mas o império em questão é bem mais importante: o império da encarnação. Já pensou se os azulinos sepultam de vez as chances do Paysandu em se salvar da queda? Tragédia bicolor e zoação eterna para os remistas, sem dúvida. E não para por aí. De fora, ainda temos Maria de Fátima, adversária de respeito, assim como os demais times da competição, que buscam ascender socialmente e farão de tudo para subir na vida (e de divisão) - e, por tabela, derrubar o Papão/Odete.
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"CULPADOS DENTRO DO PAPÃO?"
Mas também são várias as possibilidades também de um "fogo amigo". Marido, irmã e filha poderiam ser os culpados, em paralelo com a diretoria, treinadores e, claro, o próprio elenco, respectivamente.
A primeira, na figura do presidente Roger Aguilera e dos executivos Felipe Albuquerque e Carlos Frontini, foi a responsável pela montagem de um dos times mais fracos da história do clube. Ora, para estar nesses cargos é preciso uma cumplicidade e respeito que não são vistos. Uma relação que precisaria de "muito lastro". Mas, assim como César, eles nem sabem o que significa essa palavra.
Já os comandantes que se juntaram à empreitada bicolor neste ano (Márcio Fernandes, Luizinho Lopes e Claudinei Oliveira), assim como Tia Celina, estão sempre por ali, subservientes, até tentam ajudar, mascarar uma situação difícil, enquanto que, na prática, devem ser um poço de ressentimento pela barca furada que entraram. Mas o discurso, como o da personagem, claro, é sempre afiado nas desculpas, pois precisam defender o seu lado e garantir o pão nosso de cada dia. Quem não lembra quando, ao ouvir um "Para mim, mulher que se casa por dinheiro é prostituta", Celina retrucou com a pérola "Mas aí é um pouco relativo"? É por aí!
Por fim, quem melhor para representar Heleninha Roitman do que os jogadores? Caindo pelas tabelas, andando pelo campo de jogo como se bêbados estivessem. Mas, calma, eles são profissionais, só não corresponderam às expectativas e apresentam, a cada partida, aquela boa e velha mediocridade. Claro que tem um atenuante. Assim como Heleninha sofreu horrores com a mãe e o ex-marido, os atletas também penam com o próprio clube, que, segundo informações extraoficiais, estaria atrasando pagamentos. E aí, sem a famosa "liquidez" para pagar boletos, realmente, fica complicado manter a sanidade.
UMA REVIRAVOLTA IMPROVÁVEL
Mas a nova versão de "Vale Tudo” ainda pode surpreender. Surgiu na internet uma teoria de que Odete Roitman estaria viva, tendo forjado a própria morte. Esta é a única esperança da Fiel bicolor por uma reviravolta "desta monta". Faltam sete jogos e o time precisa de um aproveitamento de 100%, praticamente. Não é de bom tom, mas será que o Paysandu só está fingindo de morto para, no encerramento do campeonato, rir daqueles que o deram por vencido antes da hora, empreendendo uma arrancada memorável? É difícil, claro, mas ver Paysandu dando uma banana para a Série C seria, com certeza, "Absolute Novela", meu bem.
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