
Conforme noticiado pelo jornalista do DOL, Magno Fernandes, na última sexta-feira (8), o Paysandu anunciou nesta segunda-feira (11) a rescisão contratual com o lateral-esquerdo Keffel.
De acordo com a nota publicada pelo Papão, o clube não possui mais qualquer vínculo federativo e econômico com o lateral-esquerdo, que abriu mão de receber todos os valores referentes ao fim de contrato. "A negociação representa uma redução nas finanças do clube, que não tem mais nenhuma obrigação ou pendência com o jogador", afirmou.
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O atleta havia retornado de empréstimo do Portimonense, de Portugal, e não fazia parte dos planos do bicolor para a sequência da temporada. Keffel chegou ao Paysandu após o clube adquirir 50% dos direitos econômicos do atleta junto ao Torreense, de Portugal. O valor total da transferência é de 155 mil euros (cerca de 990 mil reais), mas apenas uma parte do valor (75 mil euros, R$ 439,54 reais) foi paga, o que fez a equipe portuguesa acionar a FIFA, e consequentemente, punir o clube com um Transfer Ban.
Durante sua passagem "marcante" pelo bicolor, Keffel atuou apenas por 45 minutos, contra o Santos pela Série B de 2024, no dia 9 de agosto de 2024. Desde então, o atleta sofreu com lesões e acabou não sendo mais aproveitados no decorrer da temporada. O jogador foi um pedido da comissão técnica do treinador na época, Hélio dos Anjos.
Ainda segundo o Papão, o clube ainda mantém seus esforços concentrados para quitar o transferban imposto pela Fifa.
POUCOS JOGOS, MUITOS PROBLEMAS
O caso envolvendo o lateral-esquerdo Keffel entra para o rol de contratações de atletas que, desportivamente, entregaram quase nada de positivo, mas juridicamente e economicamente, trouxeram inúmeros problemas para o Paysandu.
Quem não lembra do caso Arinelson? O ano era 2004, com o Papão disputando a Série A do Campeonato Brasileiro daquele ano. No entanto, o atacante atuou apenas em 1 mísera partida, e após isso, a diretoria na época encerrou o contrato do atleta de forma unilateral.
Meses após deixar o clube, Arinelson entrou na justiça e pediu o valor da multa rescisória, mais outras verbas rescisórias, que somaram o valor de R$ 1,8 milhão, devido quebra de contrato.
O processo se arrastou por anos até a justiça dar causa ganha para o ex-bicolor. O Paysandu teve dificuldades em fazer o pagamento mensal em vários momentos, correndo o risco até de perder o prédio da sede social em um leilão para o pagamento da dívida. Somente em dezembro de 2021 o clube anunciou a quitação da dívida com Arinelson.
O caso Keffel pode ser considerado ainda mais problemático, beirando o amadorismo, pois, além da dívida contraída, o clube sofre um transferban da FIFA, no qual o clube não pode inscrever nenhum novo atleta até a quitação da pendência junto ao Torreense. O próprio presidente Roger Aguilera já manifestou dificuldades em arcar com os custos da dívida, e com isso, o Papão segue sem poder contratar novos jogadores na janela de transferência que se encerrará no dia 2 de setembro.
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