
Nos últimos meses, uma série de novas regras impostas nos estádios paraenses tem causado insatisfação entre os torcedores. As medidas, adotadas principalmente em jogos realizados no Mangueirão, alteram costumes tradicionais do público local.
Ambulantes foram proibidos de circular no estacionamento vendendo produtos, como o clássico "churrasquinho de gato". Além disso, crianças passaram a pagar ingresso, o que antes não era exigido.
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Outros itens também entraram na lista de restrições. Objetos comuns levados por torcedores não podem mais entrar no estádio, e até carros com som automotivo – marca registrada das torcidas paraenses – foram vetados.
O episódio mais recente aconteceu com um torcedor do Paysandu, impedido pela segurança do Mangueirão de entrar com uma bandeira de pano do clube, sem haste ou cabo, na partida contra o Goiás, no último domingo (18). Ele estava acompanhado de duas crianças e, no momento, chovia.
Segundo os seguranças, a bandeira ultrapassava o tamanho permitido. No entanto, o torcedor questionou a falta de critérios objetivos, afirmando que os funcionários mediram o tecido esticando-o com os braços.
"Essa aqui é grandona. Já passou faca aqui com isso. Temos normas", disse um dos seguranças, sugerindo que o tamanho poderia esconder objetos. O torcedor respondeu: "Mas não tem faca. Vocês não têm fita métrica e nem nada legalizado pelo Inmetro para medir a bandeira."
Sem opção de guardar o objeto e com as crianças sob chuva, ele foi obrigado a desistir de entrar com a bandeira. O caso gerou indignação nas redes digitais.
A situação desencadeou uma campanha virtual com a hashtag: "Estão destruindo o futebol paraense e ninguém faz nada!" Torcedores reclamam da falta de diálogo e da rigidez sem justificativas claras.
A reportagem do DOL entrou em contato com o Paysandu para ouvir a posição do clube, mas até o momento não obteve resposta.
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