A sustentabilidade ganhou ainda mais importância na Fórmula 1 e passou a contar com o apoio de Lewis Hamilton, Sebastian Vettel e George Russell — nomes de peso da modalidade.
Eles cobram que a transformação precisa acontecer “de dentro”, com o próprio ecossistema da F1 assumindo responsabilidade por suas escolhas operacionais e sua capacidade de inovação.
Com posicionamentos firmes e falas contundentes sobre o futuro ambiental da categoria, os pilotos ganham destaque não apenas pelo desempenho, mas também por suas posições públicas.
Esse protagonismo tem efeitos colaterais, já que o engajamento dos pilotos afeta interesse no app de apostas, aproximando um novo perfil de apostador. Saiba quando apostar e quando parar.
O debate em Interlagos: pautas e compromissos
Durante a semana do GP de São Paulo, Hamilton e Vettel, ex-rivais nas pistas, mas grandes amigos, e George Russell debateram sobre sustentabilidade na Fórmula 1. Eles mostraram estar alinhados na mesma direção, principalmente quanto ao impacto positivo que a F1 pode gerar.
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Em entrevista ao Globo Esporte, Hamilton destacou que é um privilégio estar na posição de ser ouvido sobre o tema, embora não seja uma tarefa fácil. Ele alertou que é necessário trabalhar por objetivos comuns.
“Felizmente, hoje temos líderes que são mais humanos, com humildade, que se importam não só com o crescimento do negócio, mas com as pessoas e com o impacto que causam, o que nem sempre foi o caso. Por isso estamos avançando com os biocombustíveis e a eletrificação (da F1). Mas ainda há muito a ser feito”, disse o britânico.
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George Russell também afirmou sentir-se privilegiado por fazer parte deste momento da Fórmula 1 e fez um alerta especial sobre os combustíveis sustentáveis.
“Um dia, todos nós estaremos usando isso (combustíveis sustentáveis) em nossos carros, em aviões e quem sabe em que mais”, comentou.
Missão 44 e F1: inclusão e impacto social
A parceria formal entre a F1 e a Mission 44, ONG criada por Lewis Hamilton, nasceu para combater a sub-representação de minorias no automobilismo e ampliar a diversidade em equipes, categorias de base e posições técnicas.
Fundada há três anos, a Mission 44 recebeu 20 milhões de libras do piloto no projeto. A ONG já promoveu diversas atividades na Fórmula 1, inclusive, em São Paulo, levou jovens da Uneafro Brasil, do Centro Educacional Assistencial Profissionalizante (Ceap) e da Ação Educativa para o paddock, mostrando como são os bastidores da Fórmula 1.
A organização de Hamilton é a primeira oficialmente apoiada pela F1 e promete representar um avanço significativo para uma modalidade que busca caminhar, cada vez mais, rumo à inclusão.
Vettel ativista: combustível sintético e metas 2030
O ex-piloto Sebastian Vettel, que saiu da Fórmula 1 em 2022, levou um projeto para Interlagos, o F1 Forest. Ele já estava no Brasil, pois participou de um evento no Rio de Janeiro, o "The Earthshot Prize 2025", em prol de iniciativas de combate às mudanças climáticas.
O alemão alertou para os riscos do uso de combustíveis fósseis, uma situação que, em sua opinião, precisa mudar e na qual a Fórmula 1 pode ser agente de transformação.
“Se há algo que lamento na minha carreira é ter percebido tarde demais o poder que tenho de inspirar as pessoas de forma positiva. Não quero que os outros defendam necessariamente o clima, basta ser um pouco mais corajoso para ouvir a sua voz interior. Claro que as corridas são importantes, caso contrário, eles não estariam aqui. Mas há muito mais fora do paddock e da pista”, comentou.
Vettel ainda frisou que mesmo fora da F1, ainda mantém contato com Hamilton. Segundo ele, é o "o único no grid que fala abertamente sobre temas de fora". Tetracampeão mundial, o alemão ainda aproveitou para falar sobre a sua viagem para a Amazônia, onde teve contato com povos indígenas.
“Eles são tão ricos em tantas coisas e eu aprendi muito. Mas também pude ver como eles estão tristes e ameaçados, porque estão perdendo seu lar. Senti que queria fazer algo, queria ajudar. Mas como? Porque você se sente tão pequeno. Você olha para o tamanho da Amazônia e se pergunta: "O que posso fazer?". Mas acho que essa é a beleza, não importa o quão pequeno você seja, você sempre pode causar um impacto”, finalizou.
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